O regresso de João Sousa (143.º) ao Rio de Janeiro esteve longe de ser positivo e foi uma pesada derrota sofrida no compromisso de estreia que viu chegar o fim de linha na Cidade Maravilhosa. Arredado da prova brasileira com os duros parciais de 6-0 e 6-2 aplicados pelo boliviano Hugo Dellien (111.ª), o vimaranense explicou o que falhou naquela que foi uma exibição sem motivos para ser relembrada.
“Foi um dia mau para mim. Não consegui jogar ao meu nível, a semana correu toda muito mal. A preparação correu muito mal. Não me sentia bem durante toda a semana. Estava muito lento. Não me enquadrei com a bola e foi, provavelmente, um dos piores jogos da minha carreira”, começou por analisar em declarações ao Record.
Recordando a boa campanha registada há duas semanas, em que alcançou os ‘quartos’ na Argentina, Sousa destacou as principais diferenças que sentiu na chegada ao Brasil: “Cada semana é diferente. Córdoba foi diferente. Eu vinha da Taça Davis e consegui fazer uma boa semana apesar das condições serem difíceis. Para mim, no Rio de Janeiro, as condições são difíceis. A bola é lenta e não consigo aplicar muita força. Foram duas semanas que não foram positivas para mim apesar dos adversários estarem a jogar bem. Estou triste porque gostava de fazer um bom resultado aqui e não consegui jogar um bom ténis.”
João Sousa, que foi esta segunda-feira o segundo nome anunciado para o elenco do Millennium Estoril Open, frisou que espera regressar a solo nacional – dentro de pouco mais de um mês – nas melhores condições possíveis: “Jogar em Portugal é sempre muito especial. Sem dúvida que poder participar no Estoril Open mais um ano é um motivo de orgulho. É uma semana muito importante e muito especial para mim. Agora, há que continuar a competir bem e chegar a da melhor forma ao Estoril Open.”
Numa fase sem representação lusa no top 100 mundial (mas com Nuno Borges novamente às portas desse lote), o agora número dois nacional abordou esse tópico e não tem dúvidas: “Há muito talento no ténis português e acredito que no futuro vamos ter grandes atletas. Não sei o que é o meu futuro e ainda não pensei muito sobre isso. O ténis português tem muito talento e tem vindo a evoluir muito. Espero que no futuro possamos ter muitos jogadores no top 100.”
