Novak Djokovic igualou o recorde masculino de títulos em torneios do Grand Slam, mas não quer ficar por aqui: com o troféu ao seu lado na última conferência de imprensa da quinzena em Melbourne, o agora 10 vezes campeão do Australian Open revelou que tem “muita motivação” para continuar a lutar por (mais) números históricos.
“Nesta fase da minha carreira estes troféus são o meu maior fator de motivação para competir, sem dúvida. Nunca gosto de me comparar a outros, mas é um privilégio fazer parte da discussão sobre os melhores tenistas da história e se há pessoas que me vêem assim isso é muito lisonjeiro”, começou por admitir na conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo por 6-3, 7-6(4) e 7-6(4) sobre o grego Stefanos Tsitsipas.
“Ainda tenho muita motivação, vamos ver até onde é que ela me leva. Não quero parar por aqui, sinto-me muito bem com o meu ténis e sei que quando estou a sentir-me bem física e mentalmente tenho possibilidades de ganhar qualquer torneio do Grand Slam contra qualquer um, por isso gosto das minhas hipóteses, mas nada é garantido”, acrescentou Djokovic ao ser questionado sobre a possibilidade de, agora que igualou Rafael Nadal com 22 títulos do Grand Slam, ultrapassar os recordes de Serena Williams (23 na Era Open) e Margaret Court (24 entre as duas eras da história do ténis).
“Há muitos jogadores que querem este troféu, ou o estatuto de número um do mundo, mas já estive tantas vezes nestas situações que a experiência ajuda-me a manter a minha mente fresca e a saber o que me espera”, acrescentou Djokovic. “Não sei por quantos mais anos vou jogar, ou em quantos torneios do Grand Slam vou participar, porque não depende só do meu corpo, mas também do apoio que os que me são mais próximos me dão e do equilíbrio que mantenho entre a vida tenística e a vida privada.”
