A polémica estalou em Melbourne quando Srdjan Djokovic, o pai de Novak Djokovic, foi captado entre um grupo de manifestantes pró-Rússia após a vitória do filho nos quartos de final do Australian Open e esta sexta-feira, já depois de garantir o acesso à final do Australian Open, o ex-número um mundial (que pode recuperar o estatuto no domingo) saiu em defesa do progenitor.
“Ele estava de passagem, tirou uma fotografia e a situação escalou. Ele foi utilizado de forma negativa nesta situação por este grupo de pessoas”, explicou Djokovic em conferência de imprensa após a vitória sobre o norte-americano Tommy Paul.
“Não posso estar chateado com ele porque a culpa não foi dele. Saiu para celebrar com os meus fãs. Depois disso, sentiu-se mal [com o sucedido] e sabia como isso iria refletir-se em mim por toda a pressão dos meios de comunicação social e tudo o que aconteceu nas últimas 24 a 48 horas”, acrescentou o tenista sérvio, que avançou para a final do Australian Open pela 10.ª vez na carreira.
“O meu pai, toda a minha família e eu próprio já passámos por várias guerras durante os anos 90. Somos contra a guerra e nunca iremos apoiar qualquer violência ou qualquer guerra. Sabemos como isso é devastador para as famílias, para as pessoas em qualquer país que esteja a atravessar a guerra. O meu pai estava de passagem e havia muitas bandeiras sérvias por perto. Ele pensava que estava a tirar uma fotografia com alguém da Sérvia. E foi isso. Ele seguiu em frente”, concluiu Djokovic.
Esta sexta-feira, ainda antes do encontro das meias-finais, Srdjan Djokovic já tinha emitido um comunicado no qual explicava ter sido “apanhado” entre o grupo de manifestantes: ““A minha família viveu o horror da guerra e não desejamos nada a não ser a paz.”
Na sequência do ocorrido, o pai do jogador de Belgrado também optou por não se deslocar até Melbourne Park e acompanhar o encontro das meias-finais à distância, no hotel.
