Tommy Paul (35.º) prevaleceu num contenda de quatro sets com o compatriota Ben Shelton (89.º) e voltou a colocar a bandeira norte-americana nas meias-finais 13 anos depois. O jogador de Nova Jérsia está a viver a semana mais brilhante da carreira e ter como próximo teste o campeoníssimo Novak Djokovic (5.º) não diminui as suas aspirações.
“Estou muito emocionado. Fiz o que tinha de fazer para ganhar este encontro, não era preciso jogar de forma bonita, mas sim de forma orientada. Ainda quero jogar mais dois encontros e só depois faço um balanço da quinzena”, começou por declarar após o triunfo dos quartos de final.
Tendo feito história para o seu país ao quebrar um longo jejum, Paul não esconde o orgulho: “Para mim é muito importante ser o primeiro norte-americano desde Roddick a apurar-se para as meias-finais do Australian Open. Lembro-me de ver Andy quando eu ainda estava no início. Desde que era uma criança que todos diziam que o ténis norte-americano precisava de uma nova estrela e isso fez aumentar a competitividade dentro do país, já que todos queríamos ser bons representantes dos Estados Unidos.”
Numa altura em que Novak Djokovic ainda não havia carimbado o confortável triunfo, Tommy Paul confessou que tem o sonho de medir forças com o sérvio num grande palco: “Sei que teria mais opções de ganhar se enfrentasse Rublev, mas jogar contra Novak neste cenário seria especular. Ele é quase invencível, mas estou a jogar o melhor ténis da minha vida e sinto que é o momento ideal para o enfrentar. Sinto que o meu trabalho aqui ainda não terminou.”