A vitória de Andrey Rublev (6.º) foi pintada pela sorte, que até lhe sorriu no último ponto. Foi levado ao limite por Holger Rune (10.º), que teve em vários momentos o apuramento para os ‘quartos’ do Australian Open bem encaminhado, mas os momentos-chave sorriram ao moscovita, que ao fim de uma desgastante batalha de quase quatro horas respirou de alívio por 6-3, 3-6, 6-3, 4-6 e 7-6 (9).
O quinto cabeça de série do certame fintou a derrota depois de ter visto o adversário a servir para vencer e posteriormente a desperdiçar dois match points. Também no derradeiro match tie-break Rune teve do seu lado uma confortável margem de 5-0, mas Rublev encontrou forças quando menos se esperava para virar o cenário a seu favor.
O destino parecia piscar o olho ao russo, que até no ponto que lhe deu o triunfo foi bafejado pela sorte. Em resposta ao serviço de Rune, Rublev viu a bola colidir com a rede, mas acabou por cruzá-la para a metade adversária: “Assim que bati na bola percebi claramente que ia bater na rede. Não sei como foi possível ter passado para o outro lado. O pai Natal visitou-me aos 25 anos.”