OEIRAS – Foram vários os portugueses, tenistas promissores e tenistas que já andaram nos maiores palcos da modalidade a passar pelos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor. Chegamos ao último dia de duas semanas intensas com duas finais, para acompanhar a partir das 11 horas.
O encontro decisivo que mais gera agitação é o de singulares, o primeiro dos dois. Um embate que trará história pessoal sejam quem for o sorridente no final. De um lado Joris De Loore numa cavalgada impressionante de 11 triunfos consecutivos em Oeiras, uma ascensão de mais de 100 lugares (podem ser ainda mais) no ranking e o primeiro título Challenger arrecadado no passado domingo; do outro a jovem promessa Arthur Fils, que depois de ter sido um júnior de topo está na primeira final (e jogou igualmente a primeira meia-final) no ATP Challenger Tour.
Os dois eliminaram as maiores vedetas do torneio no acesso à final e chegam a sábado como os melhores tenistas da semana – no caso de Joris De Loore o melhor destas duas semanas de competição. E o contraste de estilos é aliciante, num encontro que pode ser o mais interesse de 2023, para já, nos courts nacionais.
É inevitável falar do serviço do belga. Ele tem dito, e com alguma razão, que vale mais do que o serviço – o seu ténis rápido e pesado, e o quão arrisca na resposta são de assinalar -, mas o certo é que cedeu o seu golpe de saída somente quatro vezes nos 11 triunfos, apenas uma esta semana, e só consentiu quatro chances aos opositores neste segundo torneio, tendo vencido dois duelos sem oportunidades de break para os adversários. Parece talhado para jogar nestas condições e já ganhou o ‘jackpot’ – independentemente do que acontecer ficará perto do top 200 e poderá disputar de novo os torneios do Grand Slam já a partir de Roland-Garros depois de ter aterrado em Lisboa, ainda em 2022, para jogar o qualifying do primeiro Indoor Oeiras Open.
E se o belga lidera todos os departamento de serviço (38 impressionantes ases também à cabeça), o francês de 18 anos tem sabido desmontar os ‘saques’ que tem tido pela frente. Imperial na resposta ao segundo serviço (63% de aproveitamento para 49% do mais velho), o finalista do escalão júnior de Roland-Garros em 2021 quebrou por 15 vezes nas quatro vitórias até então, mais quatro do que o De Loore.
É certo que um break pode definir a final em favor do belga, sobretudo se for o primeiro a adiantar-se, é certo que as chances do gaulês na resposta não deverão ser muitas, mas também é verdade que Arthur Fils é o melhor adversário na resposta ao serviço que Joris De Loore deverá enfrentar nesta semana, até talvez nesta quinzena.
Vamos ver como é que o francês gere as emoções do momento – o facto de ter jogado os Grand Slams juniores pode ajudar -, mas o duelo que encerra a competição individual do Indoor Oeiras Open tem tudo para ser empolgante.
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