OEIRAS – Aconteça o que acontecer, a final do Indoor Oeiras Open 2 trará história: de um lado Arthur Fils, jovem promissor francês a participar pela primeira vez numa decisão do ATP Challenger Tour; do outro Joris De Loore, que já subiu quase 100 lugares na hierarquia individual masculina em duas semanas na nave dos campos cobertos do Jamor e procura repetir o triunfo do passado domingo na decisão da primeira prova.
Depois das respetivas vitórias nas meias-finais — para Arthur Fils sobre Ricardas Berankis, primeiro cabeça de série, para Joris De Loore sobre o carismático Pierre-Hugues Herbert — ambos fizeram o rescaldo dos duelos e anteviram o último encontro da semana, que no caso de De Loore será o último embate de uma quinzena com 11 duelos, todos vitoriosos.
O confronto não será novo. Na temporada passada, o jovem francês de 18 anos bateu o belga de 29 por 7-5 e 7-6(5) na fase de qualificação do torneio de Toulose, a caminho dos terceiros quartos de final no ATP Challenger Tour. Um duelo realizado em terra batida, ao ar livre. “Ele é muito talentoso e forte fisicamente, com grande pancadas. Acho que é um dos que estão a aparecer para ficar, como também o Van Assche. Vai ser uma grande batalha”, perspetivou De Loore.
“Esse encontro foi uma guerra. Vai ser completamente diferente porque ele está a jogar muito bem nos courts indoor e ganhou na semana passada. Por isso está confiante, mas vou tentar impor o meu jogo e estar focado. Veremos como decorre”, anteviu Fils.
A celebração do antigo número três júnior em 2021 após derrotar Berankis foi efusiva, ou não se tratasse de um triunfo que lhe deu o primeiro bilhete para uma decisão no circuito secundário — um resultado alcançado depois de sobressaltos na fase terminal. “Fiquei aliviado. É muito bom estar na primeira final Challenger da minha carreira”.
De Loore foi mais contido pois vencer no Jamor já deixou de ser novidade, mas salientou a “entrada de sonho” na nova temporada. “Estou a sentir-me bem em court, mas ainda falta um encontro. Vou dar tudo”. Sem acusar o peso da idade, até porque as lesões ao longo da carreira (sete cirurgias) o afastaram, para já, do que contava atingir. “Não posso dizer que apesar de ser mais velho tenha mais experiência do que ele em finais. Obviamente que ao ser mais velho sou mais experiente, mas acho que estamos bastante equiparados nesse aspeto”.
Uma das maiores chaves da final, e dos dois Indoor Oeiras Open, tem sido o serviço do belga. Apenas quebrado por quatro vezes em duas semanas, Joris De Loore já disparou 38 ases só nesta prova, mas julga ter mais armas para vencer os compromissos. “Não é garantido que vá segurar os meus serviços sempre, por isso tenho de me aplicar. Mas quando me sinto bem a servir consigo soltar-me na resposta”, observou.
Para contornar esse poderio aparece a resposta de Arthur Fils, que soma 15 breaks aos oponentes em quatro triunfos. “O principal na final é colocar a bola em court e disputar o ponto. Vou tentar neutralizar o serviço dele. Será duro, mas um grande desafio”.
A final de singulares será a primeira de duas decisões, neste sábado, a partir das 11 horas. A entrada é livre na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor.