Desiludido, mas motivado: Gonçalo Oliveira sai do Jamor com boas sensações e a pensar no Algarve

Sara Falcão/FPT

OEIRASGonçalo Oliveira não conseguiu celebrar as vitórias que pretendia na quinzena de Indoor Oeiras Open no Complexo de Ténis do Jamor, mas despediu-se dos dois torneios do ATP Challenger Tour com um discurso otimista, determinado a aproveitar o necessário regresso ao escalão inferior já nas próximas semanas.

“Comecei o primeiro set de uma forma excelente e tive as minhas oportunidades, porque tive três set points. O primeiro ele salvou com um bom serviço e uma boa direita que não me deram hipóteses, mas no segundo fiz um drive-volley em que a bola ficou demasiado alta, joguei para o meio e ele fez-me um passing shot que só seria capaz de colocar uma vez em 10 tentativas, por isso tive azar. Depois no terceiro falhei uma direita inside out por dois ou três centímetros, ou seja, tive algum azar e se tivesse ganho o primeiro set se calhar teria sido diferente. Acho que hoje não me faltou nada, foi só azar”, considerou acerca da derrota por 7-6(4) e 6-3 frente a Maximilian Neuchrist (267.º).

Reconhecendo que as derrotas nas segundas rondas do Indoor Oeiras Open 1 e do Indoor Oeiras Open 2 ficaram “aquém das expetativas de somar os 20 pontos em que tinha pensado”, o portuense não se mostrou demasiado preocupado — até porque, como disse na primeira semana, acredita estar a jogar o melhor ténis da sua vida.

Assim, foi desiludido, mas com otimismo que Gonçalo Oliveira se despediu do Jamor tendo em vista o regresso ao circuito ITF. Primeiro em Monastir, com duas ou três semanas dependendo dos resultados, e depois na região algarvia, para a qual estão marcadas seis provas de 25.000 dólares cada.

“Já tinha tomado esta decisão antes, não mudou com os resultados desta semana”, contou, antes de partilhar algum espanto e até uma ligeira preocupação com a qualidade das listas de inscritos que começam a ser conhecidas e que, disse entre sorrisos irónicos, se assemelham a torneios Challenger. “São torneios que vão estar muito fortes e não vão ser nada fáceis, mas são uma oportunidade de jogar em casa e isso é sempre bem-vindo.”

O objetivo é conquistar nos ITFs os pontos necessários para regressar aos Challengers o quanto antes, idealmente no arranque da época de terra batida, e também nesse sentido viu com bons olhos o anúncio feito esta quarta-feira pela Federação Portuguesa de Ténis sobre os torneios Challenger que serão organizados esta época.

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