OEIRAS – Nova semana na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor, nova vitória para Gonçalo Oliveira na ronda inaugural. Outra vez com convite para disputar o quadro principal, o atual 489.º da hierarquia ATP superou o austríaco Lukas Neumayer e mostrou ambições no rescaldo do duelo em ter um melhor torneio no segundo Indoor Oeiras Open do que no primeiro, sabendo perfeitamente do desafio que o aguarda na próxima ronda.
“Comecei mal, com break abaixo, mas foi culpa porque fiz duas duplas faltas, falhei uma direita e um volei, portanto ele não fez muito aí. Mas depois mantive a calma, fiz melhor o meu jogo, sem erros, que é o crucial para mim”, sublinhou Gonçalo Oliveira, que depois da entrada em jogo arrecadou nove jogos consecutivos para mais tarde carimbar o triunfo em 61 minutos.
Ainda com a derrota no primeiro Indoor Oeiras Open atravessada na garganta, na qual desperdiçou uma vantagem inicial frente ao eventual campeão do torneio (Joris De Loore), o portuense ficou satisfeito por ter aprendido a lição. “A semana passada errei, parabéns ao Joris que acabou por ganhar o torneio, pois respondi muito em cima da linha, quando recuei fiz o break, mas depois fiquei sempre atrás e não coloquei pressão. São coisas que sozinhos não damos por ela, mas com uma equipa consegues analisar o jogo, voltar na semana seguinte porque no ténis há sempre oportunidade de corrigir os erros na semana seguinte, e foi isso que fiz”, referindo igualmente a importância do coaching – o pai Abílio não está presente no Jamor, mas está em permanente contacto com o polaco Artsiom Dabryian, parceiro de treino e quem o acompanha no terreno.
O foco agora passa por atingir os primeiros quartos de final desde novembro de 2021, após várias segundas eliminatórias perdidas. “Tenho perdido jogos difíceis na segunda ronda, muitas delas depois de ganhar a cabeças de série na primeira após encontros longos. Espero que isso mude rapidamente porque o objetivo é chegar ao final da semana. Não estou para brincadeiras este ano”.
A separá-lo desse marco está Maximilian Neuchrist, possante austríaco que fez final no Maia Open, adora as condições deste torneio e derrotou três vezes o português, entre 2015 e 2016, ou “há séculos”, como considerou Oliveira. “Ele serve bem, procura a rede e está agressivo nas resposta. Vou ter de servir bem e quando fizer o break tenho de estar concentrado para não fazer os erros da semana passada, quando deixei fugir logo a seguir”.