OEIRAS – Pela segunda semana consecutiva, Jaime Faria dispôs de uma oportunidade para competir num quadro principal de um torneio do ATP Challenger Tour. A barreira da primeira vitória ainda não foi superada, mas o tenista de 19 anos viu consideráveis melhorias no nível apresentado neste segundo Indoor Oeiras Open, que lhe dão um certo alento para a pré-época que se segue e para o início das provas ITF.
E se frente a Raphael Collignon o resultado foi expressivo, esta segunda-feira face a Jay Clarke, 241.º da hierarquia mundial masculina e segundo cabeça de série, Jaime Faria lutou olhos nos olhos e ate chegou a liderar no parcial inaugural. No final do duelo, o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis passou pela sala de conferências de imprensa para o rescaldo.
“Era um encontro complicado. Eu tinha visto que ele não estava em grande forma, vinha de algumas derrotas e vi-o a semana passada e não me pareceu estar muito confiante. Entrei com um break acima, a jogar bom ténis, confiante, mas ele subiu o nível. Foi pena o primeiro set, joguei mal alguns momentos importantes, mas ele tem mais experiência que eu. Ainda não estou muito fino nesses momentos neste início de época, o que é normal”, analisou Faria, que se adiantou para 3-1 frente a Clarke, mas cedeu 10 dos 12 jogos seguintes.
Ainda assim, o lisboeta gosta de “olhar para as coisas positivas” e viu “melhorias em relação à semana passada”, um alento na hora da derrota, pois dá “referências” de trabalho. Trabalho esse que se inicia nos próximos dias, numa pré-época de cerca de quatro semanas, com vista primeiramente aos torneios ITF no Algarve, que no caso de Faria serão os últimos cinco dos seis disponíveis.
E no Algarve, como em todo o circuito terciário, o foco parece bem delineado: “juntar as peças, sentir-me bem a competir e impor mais o meu jogo. Quero jogar mais Challengers e para isso tenho de ganhar mais ITF e ganhar mais jogos nessa categoria. O meu grande objetivo é terminar o ano no top 300″.
