OEIRAS – Parceiros de última hora, Victor Vlad Cornea e Petr Nouza derrotaram os grandes favoritos Jonathan Eysseric e Pierre-Hugues Herbert por 6-3 e 7-6(3) para conquistarem o Indoor Oeiras Open, o primeiro torneio de 2023 em solo português.
Com entrada de rompante a 5-1, os quartos cabeças de série serviram para o triunfo a 5-4, apesar várias oportunidades salvas em vários jogos distintos (os grandes serviços de ambos voltaram a ser fulcrais), mas conseguiram evitar o match tie-break e erguer o primeiro título do ano.
Para Victor Vlad Cornea este é o sexto título Challenger da carreira (ele que é 115.º do ranking de pares), ao passo que para Petr Nouza é uma estreia em troféus neste nível.
No final do embate, a dupla campeã passou pela sala de conferências de imprensa para fazer a resenha do duelo e da semana no Jamor, explicando o motivo da origem da equipa. “Ia jogar com um jogador checo que ficou doente. Procurei um parceiro nos últimos dias de inscrição e não sei como mas o Victor estava livre. Fiquei feliz por ter um grande parceiro no último instante, foi bom para mim”, esclareceu Nouza.
O checo “espera ganhar mais” títulos depois do Indoor Oeiras Open, agora que está mais focado na variante. “Os singulares são mais exigentes para o corpo e acho que tenho mais potencial nos pares”, sublinhou o tenista de 24 anos, fora dos 200 antes desta prova (237.º).
Quanto ao romeno, já se dedica há mais tempo em exclusivo às duplas e jogou na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor por ter falhado a entrada no Australian Open. Ganhar um título é, por isso, a melhor forma de esquecer a natural frustração. À procura do parceiro “perfeito” para ficar de forma permanente – está na mesma situação de Francisco Cabral -, Victor Cornea enalteceu a “química dentro e fora do court” com Nouza.
Donos de serviços-canhão, o “A game” da dupla como referiu Cornea, ambos enalteceram o significado de defrontar e bater um tenista da estirpe de Pierre-Hugues Herbert, francês que possuí cinco títulos do Grand Slam no palmarés, entro muitos outros troféus de relevo. “Olhei muito para ele ao longo dos anos. Sabia o que esperar, tinha a estratégia bem pensada, até porque joguei contra ele na época passada e perdi, queria a vingança. Foi um prazer jogar contra um campeão como ele, foi número dois do mundo. Foi um privilégio defrontá-lo e ter esta vitória”, considerou o romeno.
Encantados com o tempo passado em Portugal, Victor Vlad Cornea e Petr Nouza vão passar de parceiros a ‘inimigos’, já que o capricho do sorteio ditou que a primeira ronda de pares do segundo Indoor Oeiras Open fosse um duelo entre ambos (Cornea jogará com Sérgio Martos Gornes, ao passo que o checo com Vitaliy Sachko). “Ténis é assim. Continuaremos amigos depois”, disse Nouza para sorrisos gerais.