Indoor Oeiras Open, dia 7: primeiros campeões e bilhetes dourados para atribuir

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Chegamos ao penúltimo dia de competição do primeiro Indoor Oeiras Open. A partir das 14 horas ficaremos a saber os primeiros consagrados, onde pode fazer parte a vedeta Pierre-Hugues Herbert, a disputar a sua 70.ª final da carreira profissional na variante de pares. Antes, a partir das 11 horas, há dois bilhetes para a final de singulares por atribuir e muita vontade de aproveitar um torneio, por todos os intervenientes, em vésperas do Australian Open.

Cem Ilkel vs. Joris De Loore

Dois tenistas oriundos da fase de qualificação e antigos top 200 ATP lutam pela final na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor. Cem Ilkel (ex-144.º) é o único dos semifinalistas que já ergueu um troféu no ATP Challenger Tour e o que teve um percurso para as meias-finais mais longo e atribulado pela qualidade dos opositores. Três das cinco vitórias foram em três sets e precisou de se desenvencilhar de Ricardas Berankis, primeiro cabeça de série, num duelo de segunda ronda resolvido no tie-break decisivo.

Quanto a Joris De Loore (antigo 174.º) tem impressionado pela qualidade do serviço e pela eficácia nos inícios de jogada. Apenas Gonçalo Oliveira conseguiu quebrar o ‘saque’ do belga, numa ocasião, em toda a competição desde o passado domingo. Em teoria, pelo que temos visto esta semana do Jamor, esta primeira semifinal é a que apresenta os dois tenistas que melhor se apresentaram no torneio inaugural em Portugal de 2023.

Não é novidade pela superfície em que se joga a prova e pelas caraterísticas de De Loore, mas a superioridade do embate será muito decidida pela qualidade do serviço e da primeira pancada após o golpe de saída. Os dois protagonistas são os que mais ases têm feito no Jamor (o belga 25 no quadro principal, o turco 22), mas a diferença está em Cem Ilkel, que terá de elevar um pouco um nível no serviço: o tenista de 27 anos é o que tem uma menor percentagem de primeiros serviços dos quatro (58%, De Loore 68%) e o que sofreu mais breaks (6), ao passo que Joris De Loore é o que mais pontos ganhos na resposta aos segundos serviços dos oponentes.

Filip Cristian Jianu vs. Raphael Collignon

Em termos teóricos é uma meia-final mais previsível, visto tratar-se de um jogador com entrada direta no quadro e antigo top cinco mundial de juniores frente ao único cabeça de série restante (oitavo). Mas ficamos pela teoria, porque ao contrário dos protagonistas do primeiro encontro, Jianu e Collignon ainda estão por marcar presença numa final na categoria. Um deles vai fazê-lo e e no caso de Raphael Collignon (sem ceder sets no torneio, tal como De Loore) é mesmo a primeira vez que luta pelo acesso a um encontro decisivo no ATP Challenger Tour, neste que é apenas o quarto quadro principal da carreira.

Os números mostram que este duelo terá menos preponderância do serviço. Collignon é o que mais breaks faz dos quatro (13), a par de Ilkel, e é um tenista que, tal como o seu compatriota belga da primeira semifinal, gosta de impor a sua potência nas primeiras pancadas, ainda que sem tanta eficácia. Já o romeno é um counter puncher que maximiza todas as suar amas e leva os adversários ao limite pela quantidade de bolas que devolve, pelo que poderá ter um pequeno ascendente no encontro se Collignon não roçar a perfeição.

Dois tenistas que emparelharam na variante de pares (chegaram aos quartos de final) a disputar uma dos compromissos mais relevantes das respetivas carreiras.

Aproveitem para espreitar o que disseram os quatro intervenientes depois do acesso à jornada deste sábado.

Indoor-Oeiras-Open-7-Janeiro

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