Na chegada aos antípodas para representar as cores espanholas na United Cup, Rafael Nadal passou pela sala de conferências de imprensa e a desistência de Nick Kyrgios, anunciada esta quarta-feira, não passou ao lado das questões que colocaram ‘El Toro’ como alvo. O número dois mundial, que ia medir forças com o irreverente de Camberra, não poupou nos elogios e acredita que tudo está ao alcance do australiano.
Sem esquecer os êxitos já logrados por Kyrgios nos grandes palcos, Nadal vinca que as provas já exibidas espelham o seu potencial: “Sabemos que não gosta muito de jogar Roland-Garros, parece que é esse o único torneio onde não quer definitivamente jogar. Já chegou à final de Wimbledon, no US Open andou perto, acho que tem sempre grandes hipóteses. Kyrgios pode conquistar qualquer torneio que jogue. Tem todo o talento necessário e todas as armas para ganhar a qualquer jogador.”
Abordando o regresso de Novak Djokovic àquele continente um ano depois da atribulada novela que resultou na deportação, o jogador de Manacor salienta que quem ganha é o ténis: “Já está cá na Austrália, e isso é bom para o ténis e para os adeptos. Todos ganham com os melhores jogadores em court.” O sérvio inicia a temporada no ATP 250 de Melbourne, antes da reconciliação com o Australian Open depois de se ter visto afastado da edição transata devido à falta de vacinação contra a covid 19.
Com o compromisso de tentar revalidar o estatuto de campeão do Australian Open pouco depois de concluir o serviço enquanto representante espanhol na United Cup, Rafael Nadal destaca que, aos 36 anos, a possibilidade de um adeus em breve passa para segundo plano: “Nunca se sabe, mas espero que esta não seja a minha última vez na Austrália. Quando se chega a uma certa idade, nunca se sabe quando vai terminar. Vou focar-me em jogar ao mais alto nível para conseguir ser competitivo, é esse o objetivo. Não penso se será a minha última participação aqui ou não.”