Uma centena de finais para Portugal no ATP Challenger Tour

2022 tornou-se num dos melhores anos de sempre para o ténis português e terminou com um marco histórico: foi nesta época que o país alcançou as 100 presenças em finais de singulares do ATP Challenger Tour, a “segunda divisão” do circuito mundial masculino.

A 100.ª decisão foi disputada por Frederico Silva em Yokkaichi, no Japão, país no qual participou em duas finais consecutivas. O caldense é um dos 13 tenistas portugueses com finais disputadas na variante de singulares, mas ainda não conseguiu adicionar o nome ao mais restrito grupo de 10 representantes lusos com títulos neste circuito.

Entre a centena de finais, mais de um quinto têm a assinatura de Gastão Elias: o jogador da Lourinhã é, simultaneamente, o recordista de presenças em finais (21) e de títulos (10) — estatuto que ganhou com a “dobradinha” no Jamor, em abril.

O pódio de mais presenças em finais fica completo com os nomes de Pedro Sousa (16) e João Cunha e Silva (12), que juntamente com Elias são responsáveis por 49 das 100 presenças lusas em decisões deste nível. Seguem-se Rui Machado (10), João Sousa (9), Nuno Marques (8), Frederico Gil (7), Nuno Borges (5), João Domingues (4), Frederico Silva (3), Leonardo Tavares e Emanuel Couto (ambos com 2) e Bernardo Mota.

No que aos títulos diz respeito, o Raquetc publicou uma dissecagem semelhante em abril, a propósito do 50.º troféu de campeão erguido por um tenista português no ATP Challenger Tour.

Gastão Elias é, como referido, líder, com a dupla celebração no Oeiras Open a permitir-lhe distanciar-se de Pedro Sousa e Rui Machado (ambos com oito).

De regresso ao tema principal, a terra batida foi, de longe, a superfície mais pisada, com os tenistas portugueses a jogarem nela 83 das 100 finais, contra apenas 17 em piso rápido.

Também no pó de tijolo o líder isolado é Elias (jogou 20 das 21 finais nesta superfície, com uma eficácia de 50%). Tal como ele, João Cunha e Silva, Nuno Marques, João Sousa, Frederico Gil e Frederico Silva já discutiram títulos nas duas superfícies, mas o caldense é o único a registar mais presenças em finais de torneios em piso rápido (duas) do que em terra batida (uma).

A preferência pela terra batida reflete-se no aproveitamento de finais: 41,18% de vitórias em piso rápido, 53,01% em terra batida.

Quanto aos títulos, Nuno Marques é o único português com mais troféus conquistados em piso rápido (4) do que em terra batida (1), mas também Gil, Sousa e Cunha e Silva venceram nas duas superfícies.

Feito o retrato das 100 presenças de portugueses em finais do ATP Challenger Tour, há ainda a assinalar que 17 ocorreram em solo nacional. Dessas, as 10 mais recentes aconteceram ao longo dos últimos cinco anos, sinónimos do regresso a uma aposta significativa na organização de provas deste nível depois de uma queda significativa sobretudo entre 2003 e 2016, período no qual foi organizado apenas um torneio (em Guimarães 2013, ganho por João Sousa).

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