MAIA – Campeão júnior de Roland-Garros no verão de 2021, Luca Van Assche já sabia aos 18 anos o que era alcançar o sucesso, em especial por ter arrecado esse troféu do Grand Slam no próprio país. Como profissional, o antigo número um mundial do escalão júnior tinha perdido três finais no ATP Challenger Tour e vencido um troféu no circuito ITF. A vitória do Maia Open entra na galeria do maior título na idade adulta, ainda que para Luca Van Assche seja apenas o início para algo maior.
“Este é o dia mais especial, para já, da minha carreira profissional. Espero ter mais e melhores. Foi uma grande semana para mim, com jogos muito difíceis. A Maia será sempre um local especial para mim”, considerou Luca Van Assche, que vai saltar do posto 176 da hierarquia ATP para, previsivelmente, o 138.
E se chegar a uma final no nosso país não foi novidade – com 14 anos, em 2018, foi finalista do Maia Jovem e há dois meses estreou-se em finais Challenger no CIF -, sair com o troféu mais importante foi original. “Este é o meu país da sorte. Virei mais vezes e espero ter os mesmos resultados”.
“Significa muito para mim este título. Ganhar um Challenger era um dos meus objetivos este ano e consegui-o no último torneio do ano”, afirmou o gaulês, que escondeu que não foi fácil abstrai-se das derrotas anteriores quando cedeu o parcial inaugural na decisão deste domingo. “Não podia perder uma quarta final. Mas lutei e resultou. Estou orgulhoso de mim próprio”.
E se o top 150 foi alcançado, a Maia e a temporada de 2022 foram apenas o início da rampa de lançamento. “Não esperava subir tão rápido, mas nestes últimos meses vi que tinha ténis para este nível. O meu próximo objetivo é o top 100, mas não ponho limites”, disse, admitindo que jovens como Carlos Alcaraz, número um mundial, são uma inspiração para o que se avizinha em 2023.