Duelo de gerações no Maia Open com primeiro título Challenger em jogo

Sara Falcão/FPT

MAIA – O último torneio Challenger da temporada vai coroar um novo campeão da categoria: Maximilian Neuchrist, de 31 anos, está prestes a competir na primeira final da carreira neste nível, na “segunda casa”, depois de ter treinado em Portugal e de ter arrecado títulos de pares por cá em provas ITF; Luca Van Assche, de 18, estreou-se há dois meses, no CIF, em finais no ATP Challenger Tour e somou entretanto mais duas nos três torneios anteriores, quatro anos depois de ter disputado a final do Maia Jovem no mesmo local. De um lado a surpresa vinda da fase de qualificação, com match point salvo pelo meio e maratonas em praticamente todos os duelos. Do outro um antigo número um mundial de juniores a caminho de se estabelecer como um dos futuros da modalidade. Os dados estão lançados, a conclusão da temporada de 2022 dar-se-á às 13 horas no Court Central do Complexo Municipal de Ténis da Maia.

Depois de aproveitar “a linguagem corporal do Nuno” para vencer o favorito ao título da quarta edição do Maia Open, Neuchrist sublinhou o “feito importante” para a sua carreira, mostrou conhecer bem o jogo do jovem adversário gaulês deste domingo – “move-se bem e há que trabalhar bem o ponto porque ele é rápido e obriga a jogar muitas pancadas” – e não transmitiu preocupação por ser o underdog na final (é 359.º da hierarquia ATP), afinal é isso que tem sido em todo o quadro principal da prova. “Já provei esta semana que apesar de não estar tão bem cotado posso ser perigoso, e os meus adversários sabem. O ranking não te faz melhor jogador, há que prová-lo, competir e ganhar”.

“Estou jogar muito bem, é por isso” (risos). A receita das finais consecutivas parece fácil para Luca Van Assche. E se a maior cotação que possui em relação ao opositor no encontro decisivo “não conta”, o campeão de Roland-Garros do escalão júnior em 2021 e atual 176.º do mundo tenístico – entrará no top 150 pela primeira vez em caso de triunfo na final – espera que “seja desta” em Portugal e não considera ter um fardo nas costas por ter perdido muitos títulos num curto espaço de tempo. “Foram três finais completamente diferentes. Aprendi com elas e vou preparar-me da melhor maneira possível para que ganhe a minha primeira”.

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