Nuno Borges aponta a 2023: “Sinto que não vou ficar por aqui e isso é bom”

Sara Falcão/FPT

MAIA – A temporada de Nuno Borges terminou de forma “pesada”, como o próprio mencionou em conferência de imprensa após um dia de derrotas na jornada dupla. Ainda não foi desta que o maiato conseguiu arrecadar o Maia Open em singulares, e desta vez não triunfou ao lado do amigo Francisco Cabral. No entanto, 2022 foi um ano em cheio para o atual número dois nacional, com vários marcos para emoldurar.

“No início da época teria assinado por baixo se me dissessem que ia ter este ano. Joguei os Grand Slams, estou na posição em que estou, melhor do que algum dia acharia que ia estar. Sinto que não vou ficar por aqui e isso é muito bom. Só o facto de jogar uma meia-final e sair insatisfeito mostra que estou à procura de mais e melhor e que sou muito exigente comigo próprio”, observou Borges, referindo-se mais concretamente à derrota com Maximilian Neuchrist em três sets.

Convidado a destacar o grande destaque da temporada, o tenista de 25 anos não conseguiu face aos inúmeros feitos marcantes que celebrou. “A Taça Davis na Maia e o Us Open foram os momentos que vivi com mais emoção. Ter-me qualificado em Roland-Garros também foi incrível, ganhar um encontro de pares com o Francisco em Wimbledon também, bem como a vitória contra o Brasil na Davis. E, claro, o Estoril. Cada um desses momentos merece um quadro para eles mesmos. É difícil dizer qual deles o melhor, cada um foi vivido de maneira diferente e todos marcaram o ano”.

“Consolidar no top 100” é o maior objetivo do atual 93.º do ranking ATP para 2023 – que vai arrancar no quadro principal do Australian Open – , ele que deverá encerrar o ano fora dessa elite dos 100 melhores face aos pontos que ainda vai perder até terminar o ano civil. “Estagnar não é opção”, apontou.

“Hoje foi um dia pesado. Custou-me muito fazer o meu jogo, acho que competi contra mim mesmo e ele estava a competir contra mim. Fiquei muito aquém. Dei o que tinha, mas não foi muito e não consegui aproveitar o ascendente que achei que tinha a meu favor”, lamentou o maiato de 25 anos na conferência de imprensa relativamente ao duelo que abriu o dia no Court Central do Complexo Municipal de Ténis da Maia.

“Arrependo-me de muita coisa que disse, de muita coisa que fiz e não me orgulho de como joguei e agi. Tenho de aprender a jogar estes encontros da melhor maneira e passar por isto ajuda-me a aprender”, acrescentou, num dia onde pareceu sempre muito nervoso e impaciente.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share