GLASGOW — A final alcançada em Praga há um ano soube a pouco às ambições helvéticas e foi logo na oportunidade que se seguiu que sonharam e alcançaram mais. A Suíça levou até ao fim uma semana imaculada em terras britânicas e firmou este domingo o último ato de um verdadeiro conto de fadas: com apenas um encontro perdido pelo caminho, a seleção europeia superiorizou-se ao poder da Austrália e inscreveu o nome do país na história da Billie Jean King Cup ao somar o primeiro título de sempre na prova de seleções.
Pode ter sido Jil Teichmann (35.ª) a responsável pelo primeiro tento somado para o lado das suíças na tarde deste domingo, mas foi Belinda Bencic (12.ª) quem teve mais nervos de aço para e garantir o desfecho há muito sonhado. A número um do país deslumbrou no momento mais crucial de toda a semana e controlou por completo a situação para anular a esperança da Austrália ao bater Ajla Tomljanovic (33.ª) por 6-2 e 6-1.
Dilatado o número de seleções campeãs da prova que este ano celebra o 59.º aniversário numa lista onde o recordista é os Estados Unidos por larga margem (18 conquistas, seguindo-se a República Checa com 11), a Suíça vive uma página brilhante do desporto nacional e cumpre a missão de ‘vingar’ a final perdida frente à Rússia na temporada passada. Garantido está igualmente o acesso direto à fase final da próxima edição do certame internacional, em local ainda por definir.
Com menos motivos para sorrir esteve a seleção australiana, uma das que mais presenças tem em finais da competição mas que piorou este domingo um rácio que já não era positivo. Finalista vencida da primeira edição, em 1963, a Austrália repetiu por mais 17 vezes a presença no momento da decisão – mas desde 1974 (ano do seu sétimo título) nunca mais voltou a celebrar e desde aí o registo é de 0-10.
