LISBOA – Para Ana Filipa Santos 2022 está a ser um ano de mudanças técnicas, de estreia no top1000 e de regresso à seleção nacional da Billie Jean King Cup. Os resultados ainda não apareceram na medida do desejado, mas a tenista de Santiago do Cacém acredita que o caminho está a ser o mais correto. No final do embate da primeira ronda do Del Monte Lisboa Belém Open frente a Stephanie Wagner – uma jogadora bem mais acima na hierarquia feminina, como tem sido apanágio nos fortes torneios de 25.000 dólares em Portugal -, a engenheira de formação abordou o duelo e o estado da sua carreira.
“Tenho dado uma volta muito grande no meu jogo e sinto que ainda estou à procura de várias coisas. Sinto que em termos de ténis já me encontrei, já consigo fazê-las jogar e bater-me mais, só que a nível mental às vezes baixo em termos de energia, nada relacionado com questões físicas. Muitas vezes perco o primeiro set e nessas alturas tenho de dar um pouco mais à adversária para ela sentir que estou presente. Não que esteja a jogar mal, mas perco um pouco a clareza do que estava a fazer e apresso um pouco os pontos. Preocupo-me mais com o que ela está a fazer e penso demasiado, tenho de me focar no que eu tenho de fazer, pensar mais no meu lado e na minha evolução. Consigo bater-me com jogadoras com melhor ranking, mas quero mais e preciso de ter mais jogos para ter esse mais. Estou contente, mas não estou satisfeita”.