LISBOA — Uma semana depois, Frederico Silva voltou a cair na primeira ronda de um torneio do ATP Challenger Tour em Portugal, mas a prestação no Del Monte Lisboa Belém Open deixou-o mais satisfeito do que a do Braga Open. De olhos postos no que falta de 2022, o caldense reconheceu que precisa de “várias horas no campo” para recuperar as boas sensações e poder lutar por vitórias que lhe permitam subir no ranking.
“Foi um encontro duro e exigente quer física, quer mentalmente, como já esperava de um adversário com as características e nível dele”, afirmou em conferência de imprensa após a derrota por 6-4, 3-6 e 6-1 com o italiano Francesco Passaro (122.º), terceiro cabeça de série. “Sabia que ia ter de jogar bem e tentar assumir os pontos, bem como aceitar alguns erros e ser agressivo, que foi o que tentei fazer. Obviamente não consegui fazê-lo da forma como queria, ou pelo menos tantas vezes como queria, mas no final acabou por ser um encontro em que pelo menos me senti com mais rotinas, mais pontos bem jogados em relação à semana passada em Braga. É a única coisa que me deixa satisfeito no encontro de hoje.”
Frederico Silva também contou que não conseguiu aproveitar as condições de jogo do CIF, em teoria vantajosas ao seu estilo de jogo por aumentarem a velocidade da bola, mas mostrou-se otimista em relação às próximas semanas, que planeia começar com muitas horas no campo de treino: “Estou a precisar de bater muitas bolas e de ganhar bastantes rotinas para quando chegar a encontros como este sentir que as coisas me saem de forma automática. Acho que isso vai fazer com que melhore o meu nível para os próximos torneios” — torneios esses que já serão disputados na sua superfície predileta, o piso rápido. Primeiro em Alicante, depois em Saint Tropez e Hamburgo antes de, possivelmente, viajar até ao Japão, “onde o cut-off será mais de acordo com o ranking com que vou estar.”