Roger Federer e Rafael Nadal enfrentaram-se em alguns dos encontros mais importantes da história do ténis, mas a relação entre o suíço e o espanhol superou a rivalidade e esta sexta-feira, quando o jogador de Basileia terminou a carreira na Laver Cup, foi como amigos que os dois alinharam lado a lado, deram as mãos e choraram juntos.
“Quando o Roger termina a carreira, uma parte importante de mim também vai com ele por causa de todos os momentos em que ele esteve à minha frente ou comigo. Foi muito emocionante ver a família, ver toda a gente. É muito difícil de descrever, mas foram momentos fantásticos”, explicou na conferência de imprensa que aconteceu já perto das 2 horas da madrugada em Londres.
“Quando comecei a ser um bom jogador o Roger estava sempre à minha frente e era o jogador a derrotar. Chegou uma altura em que nos tornámos nos maiores rivais, mas sempre num sentido muito bom. Respeitámo-nos sempre, nunca tivemos problemas e a verdade é que a nossa relação pessoal ficou cada vez melhor com o passar dos dias. Acho que percebemos que temos muitas coisas em comum, lidamos com a vida da mesma maneira”, acrescentou Nadal.
Federer e Nadal enfrentaram-se em 40 encontros oficiais em singulares, muitos deles fundamentais para a história moderna do desporto. “No court temos estilos totalmente opostos e foi isso que fez com que os nossos encontros e a nossa rivalidade tenham sido tão interessantes, mas temos uma abordagem parecida em relação à família e à vida e é por isso que confiamos um no outro e podemos falar de forma livre. Ter o Roger como pessoa com quem posso falar de qualquer coisa pessoal é muito bonito, especialmente depois de tudo aquilo que partilhámos e por que lutámos.”
