Em contagem decrescente para dar por terminada a caminhada enquanto jogador de ténis, Roger Federer já prepara a atuação final na Laver Cup e os últimos dias de preparativos têm aberto as portas a novas entrevistas. Numa conversa com a BBC realizada na O2 Arena, o antigo número um mundial e campeão de 20 torneios do Grand Slam fez o rescaldo de mais de 20 anos de carreira e tranquilizou os fãs – tem intenções de manter uma ligação próxima à modalidade.
“É uma sensação agridoce, porque estou totalmente certo de que esta é a melhor decisão a tomar, mas por outro lado sei que vou sentir muita falta do circuito. Sei que há muito a celebrar, fui uma das pessoas com mais sorte da Terra por ter nascido com talento para jogar ténis, mas agora não vou passar a ser um fantasma que desapareça. Vão continuar a ver-me porque irei arranjar forma de continuar ligado a este desporto”, garantiu Roger Federer, que vai esta sexta-feira fazer a despedida profissional.
Para trás fica uma carreira que superou as ambições iniciais e Federer não esqueceu o apoio do público que sentiu em todos os momentos: “Em criança, nem poderia imaginar um percurso tão grandioso. Joguei a um nível que nunca antes pensei durante muito tempo e tudo superou as minhas expetativas. O meu sonho era ganhar uma vez Wimbledon e ser número um do Mundo, isso bastaria para ficar feliz. Fico muito feliz por todo o carinho que sempre recebi, onde quer que tenha ido.”
“Quando joguei o encontro de exibição na Cidade do Cabo com Rafa, já estava muito preocupado com o joelho. Tentei voltar em 2021, mas o risco era enorme e não poderia continuar assim. O corpo pôs-me limites e eu só tenho de os saber escutar. Nestes últimos meses, percebi que a ºunica solução era parar”, assegurou o campeoníssimo helvético de 41 anos.