O formato muda, os problemas mantêm-se: esta quarta-feira, a Grã-Bretanha foi derrotada pelos EUA num par decisivo que só terminou às 00h58 da madrugada — e Andy Murray não ficou feliz. No arranque da fase de grupos das Davis Cup Finals, que se divide por quatro cidades de quatro países, também as bancadas vazias foram um problema.
Com o início de jornada agendado para as 16 horas, as previsões já apontavam para um final tardio em Glasgow, Escócia, onde os britânicos recebem a ação do Grupo D. E o equilíbrio verificado entre os dois países, que estiveram frente a frente pela primeira vez em sete anos, adensou os problemas: no primeiro singular, Tommy Paul venceu Daniel Evans por 6-4, 4-6 e 6-4 em 2h34; depois, Cameron Norrie empatou a eliminatória ao derrotar Taylor Fritz por 2-6, 7-6(2) e 7-5 em 2h14. E no par decisivo Rajeev Ram e Jack Sock venceram Joe Salisbury e Andy Murray (que não disputava um encontro de pares na Taça Davis desde 2016) por 5-7, 6-4 e 7-5 em 2h49.
Ao todo, jogaram-se 7h37 — às quais se juntam as obrigatórias pausas entre encontros, uma fórmula que inevitavelmente prolongou a jornada para lá da meia-noite e fez com que o atrativo embate entre os dois países terminassem já com várias cadeiras vazias.
Andy Murray, que ficou de fora dos singulares por opção, não gostou: “Seria melhor para todos os envolvidos se terminássemos mais cedo. Não acredito que isto seja ideal para os adeptos. No final do encontro tínhamos provavelmente metade das pessoas nas bancadas em relação ao início. É uma pena, porque perderam um grande encontro, mas não foi porque não quiseram acompanhar: para pessoas com crianças era impossível ficar, têm de ir para casa.”
E se o britânico, ex-número um mundial, não gostou, o que dizer dos EUA? vitoriosa à uma da manhã, a equipa norte-americana estará de volta à ação no final da manhã desta quinta-feira, para defrontar o Cazaquistão.
