Carlos Alcaraz tornou-se no mais novo número um mundial da história do circuito masculino ao conquistar o US Open, mas quer mais: o espanhol de 19 anos e 4 meses quer permanecer no topo do ténis durante vários anos e não tem medo de o dizer.
“É claro que quero mais. Quero estar no topo durante muitas, muitas semanas. Se possível, muitos anos. Vou trabalhar muito depois destas duas semanas incríveis para conseguir mais resultados como este”, contou aos jornalistas depois de admitir que não esperava ser tão bem sucedido ainda como adolescente.
“Ser campeão de um torneio do Grand Slam e número um mundial é uma loucura, nunca esperei conseguir isto aos 19 anos. Aconteceu tudo muito rápido. Era algo com que sonhava desde criança e agora estou a desfrutar do momento, ‘felicidade’ é a palavra que descreve o meu torneio”, acrescentou depois de derrotar Casper Ruud em quatro sets.
Apesar de 2022 estar a ser um ano histórico e quase perfeito, Alcaraz admitiu que recentemente perdeu a alegria de jogar: “Em Montreal e Cincinnati perdi a alegria. Não conseguia sorrir em court porque estava a sentir a pressão, por isso vim aqui para voltar a desfrutar do meu ténis, porque adoro jogar ténis e quero divertir-me. Dei o meu melhor e o nível apareceu”, explicou já depois do treinador, Juan Carlos Ferrero, ter contado ao website oficial da ATP acerca da sua quebra de motivação recente.
E concordou com a análise do treinador, que afirmou que o seu pupilo ainda só atingiu 60% do seu potencial: “Concordo com o Juan Carlos, estou a 60% e ainda tenho de melhorar em tudo. Os membros do Big Three melhoraram muito ao longo dos anos, mesmo já estando no topo do circuito.”
Mas independentemente do que aconteça, Carlitos Alcaraz garantiu que não vai mudar: “Amanhã quando me olhar ao espelho vou continuar a ser o mesmo miúdo. Orgulhoso de ser de El Palmar, de ser de Múrcia, de ser espanhol. Vou voltar para Espanha e estar com os meus amigos, com a minha família, com o meu povo.”
