Não há volta a dar: apesar da tenra idade, Carlos Alcaraz já é superior aos demais concorrentes em praticamente todos os aspetos e voltou a relembrá-lo claro na madrugada deste sábado, quando derrotou Frances Tiafoe para impedir o norte-americano de fazer mais história em casa. Aos 19 anos, o espanhol está pela primeira vez na final de um torneio do Grand Slam e vai discutir com Casper Ruud não só o título do US Open, mas também o estatuto de número um mundial — há história à vista.
Nas primeiras meias-finais de ambos a este nível, Alcaraz demoliu a “parede” de Tiafoe com a intensidade e a variedade (e facilidade) tática que o distinguem e venceu por 6-7(6), 6-3, 6-1, 6-7(5) e 6-3 após 4h19. O espanhol teve um match point na quarta partida, ainda antes do tie-break, mas o jogador da casa reinventou-se para voltar a estar em posição de discutir a vitória.
O primeiro break do encontro só surgiu aos 92 minutos, já o segundo set estava a ser jogado, e explicou a papel químico as razões pelas quais, ainda só tendo 19 anos, “Carlitos” já é considerado um autêntico fenómeno. O espanhol até foi o primeiro a dar sinais de acusar a pressão (claudicou no tie-break que perdeu com uma dupla falta) e quando já estava encaminhado para a reviravolta voltou a sentir dificuldades — por culpa de Tiafoe, que se transcendeu para dar outros contornos ao encontro —, mas quando mais importou foi superior, ainda que por margens (muito) curtas.
Winner takes all
Domingo, a partir das 21h30, Carlos Alcaraz e Casper Ruud vão estar frente a frente numa final winner takes all. Literalmente: quem vencer será não só campeão do US Open (o primeiro título em torneios do Grand Slam para qualquer um deles) como, cereja no topo do bolo, o novo número um mundial.
Esta será a primeira final masculina da história num torneio do Grand Slam a colocar frente a frente dois jogadores que só precisam de mais uma vitória para chegar ao topo do circuito mundial.
