Nuno Borges celebrou a segunda vitória em dois dias e colocou-se a um passo de marcar presença no quadro principal do US Open pela primeira vez na carreira, um resultado que o deixou satisfeito, apesar do nervosismo que sentiu e das dificuldades que teve em adaptar-se a Govind Nanda, o norte-americano que acabou por derrotar em dois sets.
““Foi engraçado porque até senti os nervos mais à flor da pele do que no encontro anterior, mas se calhar estive menos enferrujado e ele também não me causou tantos problemas. Deixa-me jogar um bocadinho mais [do que o adversário da véspera, Alex Rybakov] e assim que consegui ter o controlo do encontro senti que estava nas minhas mãos. Não foi tranquilíssimo, mas foi mais controlado“, começou por analisar o maiato sobre o triunfo por 6-4 e 6-4.
“Era um jogador diferente, que me deixava tomar a iniciativa e jogava muito no contra-ataque. Parecia que quanto mais devagar eu jogava, menos me dava, mas às vezes eu dava-lhe uma bola reta e à primeira curta ele parecia estar logo a subir à rede. Foi um mix de ritmos e de jogadas muito interessante que até me estava a atrapalhar um bocadinho, mas quando consegui controlar as jogadas fiquei mais confortável e entrei no ténis que gosto de jogar”, acrescentou Nuno Borges.
O US Open é o terceiro torneio do Grand Slam consecutivo em que o atual número dois nacional (e 105.º ATP) chega à terceira ronda do qualifying e o facto de já o ter feito em Roland-Garros e Wimbledon permite-lhe “lidar bem com este tipo de situações.”
“Claro que este é um torneio completamente diferente, num piso diferente e num país que me diz bastante, também com um tempo e condições diferentes que fazem desta uma experiência nova. Mas já tenho alguma rodagem e espero voltar a fazer um bom encontro amanhã para poder sair com a vitória, porque sei que o meu adversário tem vindo a jogar bem”, concluiu em perspetiva ao encontro com o italiano Francesco Maestrelli (202.º).