Jaime Faria assinou uma campanha perfeita em Castelo Branco e despediu-se da cidade portuguesa com os títulos de campeão em pares e em singulares que fizeram desta a melhor semana da carreira. Por isso, foi naturalmente satisfeito que, já em Lisboa, fez um balanço extremamente positivo da prestação em declarações exclusivas ao Raquetc.
“Ganhar os meus primeiros títulos de pares e de singulares na mesma semana foi incrível”, começou por admitir, entre sorrisos, o jovem português de 18 anos. “Em pares já tinha alcançado finais, mas em singulares foi a minha primeira e ganhar logo é muito especial. Nem sei bem o que dizer. Sinto que foi uma semana muito bem conseguida, em que o trabalho que tenho vindo a fazer com toda a equipa da Federação Portuguesa de Ténis foi recompensado e agradeço-lhes muito por todo o apoio que me têm dado. E também agradeço ao Fábio, porque foi a primeira vez que jogámos juntos e não podia ter corrido melhor.”
Visivelmente orgulhoso pela campanha que protagonizou, Jaime Faria explicou o segredo do sucesso nos singulares: “Pensei sempre jogo a jogo. Comecei o torneio contra o Illia Stoliar, depois surpreendi o primeiro cabeça de série e quando dei por mim já estava nos quartos de final a jogar contra o Francisco Rocha. Consegui ganhar e fui para as meias-finais a saber que era favorito, mas que tinha de entrar a full para estabelecer logo um certo avanço, até porque ele estava bastante cansado. Hoje, na final [que venceu por 6-3 e 7-6[6] contra o segundo cabeça de série, Robin Bertrand], estava muito nervoso, mas acabei por lidar bem com isso. Queria muito ganhar o encontro e isso levou-me ao primeiro título.”
Reconhecendo que “às vezes, o ténis é estranho”, o jovem do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis acrescentou que “a lição que retiro dos últimos meses, em que tenho vindo a conquistar muitos pontos e a subir bastante no ranking, é que preciso de estar em todos os jogos e dar sempre o máximo, porque em qualquer semana pode acontecer um bom resultado.”
Agora, a Jaime Faria esperam-no “uns dias de férias” antes de regressar ao circuito ITF em solo alemão, e em terra batida. Nessa altura já estará no melhor ranking da carreira, graças à subida de sensivelmente 300 lugares que o espera daqui a nove dias, quando os 15 pontos desta conquista forem adicionados à sua classificação. E depois regressará a Portugal para cinco semanas de competição consecutivas, as três primeiras no mesmo nível, mas em piso rápido (Setúbal, Beloura, Beloura), e as seguintes nos Challengers de Braga e Lisboa, em terra batida.