Jabeur e Maria marcam meia-final de estreantes e “entre família” em Wimbledon

Uma vive o segundo ano entre a elite do ténis, a outra um dos últimos ao mais alto nível.

Ons Jabeur (2.ª do ranking WTA) e Tatjana Maria (103.ª WTA) têm sete anos de diferença e percursos bem diferentes no circuito mundial, mas quinta-feira vão partir em pé de igualdade para o encontro mais importante das respetivas carreiras: a meia-final de Wimbledon, para a qual selaram os respetivos apuramentos no decorrer da jornada desta terça-feira.

A primeira a fazê-lo foi Maria. Aos 34 anos e já com dois filhos, a tenista alemã que nunca tinha passado da terceira ronda de um torneio do Grand Slam até chegar ao All England Club (e em apenas uma ocasião a essa fase) adicionou mais um capítulo a uma quinzena dourada em Londres graças à vitória por 6-4, 2-6 e 7-5 sobre a compatriota Jule Niemeier, 12 anos mais nova.

Depois seguiu-se Jabeur. Em pleno Centre Court, a tunisina de 27 anos superou um início para esquecer e deu a volta à checa Maria Bouzkova para triunfar com os parciais de 3-6, 6-1 e 6-1, que lhe deram a nona vitória consecutiva — chegou a Londres com o título de Berlim na bagagem.

Se Maria se tornou na mulher mais velha da história a chegar pela primeira vez às meias-finais de Wimbledon, Jabeur tornou-se na primeira tenista árabe (homem ou mulher) a alcançar esta fase num torneio do Grand Slam. E por isso também o encontro de quinta-feira será território desconhecido para ambas, que já se defrontaram em três ocasiões (a primeira no qualifying do US Open, em 2014, e a mais recente na qualificação do WTA 500 de Berlim, em 2018) e que para além desses encontros no court têm muitos outros fora dele: são melhores amigas, ou, como Maria revelou depois de vencer o seu encontro, “parte da família”.

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