Iga Swiatek precisou de trabalhar mais do que se estaria à espera, mas conseguiu carimbar o apuramento para a terceira ronda de Wimbledon e assim chegou às 37 vitórias consecutivas no circuito mundial masculino — ninguém fez melhor do que ela nos últimos 25 anos e só quatro jogadoras a superaram ao longo da história.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Chegada a Londres sem qualquer encontro de preparação na relva, a campeã de Roland-Garros (onde distribuiu bagels e breadsticks a cainho de um segundo título em torneios do Grand Slam) acusou a falta de tempo na superfície e, depois de uma primeira ronda muito fácil, tropeçou na número 138 mundial Lesley Pattinama Kerkhove, dos Países Baixos, que a forçou a três partidas antes de conseguir vencer por 6-4, 4-6 e 6-3.
Depois de ter a honra de inaugurar a ação no Centre Court na jornada de terça-feira, uma vez que a campeã em título Ash Barty encerrou a carreira, a polaca entrou em ação no No. 1 Court e lá precisou de 2h05 para resolver o que se adivinhava ser mais fácil.
No entanto, apesar dos três parciais não houve nenhum momento de enorme aflição para Swiatek a partir do momento em que venceu o segundo: a líder do ranking recompôs-se, foi paciente e esperou pela ocasião certa para consumar a quebra de serviço que a ajudou a construir a vitória, a 37.ª consecutiva.
Número um mundial indiscutível, Iga Swiatek está, no final de junho, a dois triunfos de igualar o número de vitórias que Ons Jabeur e Anett Kontaveit registaram ao longo de toda a temporada anterior. Mais do que isso, a melhor tenista da atualidade alcançou esta quinta-feira a maior série vitoriosa do circuito feminino nos últimos 25 anos, igualando o registo de Martina Hingis em 1997.
E à sua frente já só tem quatro tenistas, apesar do número de séries ser maior: Martina Navratilova (registou sequências de 74, 58, 54, 41 e 37 vitórias consecutivas ao longo da carreira), Steffi Graf (66, 46 e 45), Margaret Court (57) e Chris Evert (55 e 41).
Detentora de seis troféus de campeã só este ano, Iga Swiatek poderá sair de Wimbledon com um sétimo, que lhe permitiria chegar aos 42 triunfos consecutivos. O próximo obstáculo dá pelo nome de Alizé Cornet.