OEIRAS – A lesão no joelho e as cinco derrotas consecutivas ficam para trás e Gonçalo Oliveira era um homem feliz na conferência de imprensa posterior ao triunfo sobre Thomaz Bellucci no Oeiras Open 3. Para além da sensação de bonança depois da tempestade, o portuense ficou sobretudo empolgado pelo retorno à boa forma.
“Estou surpreendido, não esperava jogar tão bem. Comecei mal, lento, mas dei a volta. Estou muito contente porque tenho passado por tempos difíceis e agora estou a regressar, e regressar com uma vitória é sempre bom”, realçou, recuperado de problemas no tendão e no menisco à base do descanso e de tratamentos. “Foram dois meses sem fazer o que gosto”.
A vitória por 6-4, 5-7 e 6-1 até podia ter sido mais fácil, mas foi a primeira desde o início de Abril. E para a alcançar foi importante uma “tareia” sofrida frente a Facundo Bagnis – segundo cabeça de série da prova – num treino na véspera. “Pior não podia ser e isso fez-me entrar relaxado”, frisou. Um triunfo concretizado antes de anoitecer, essencial para não repetir as “más lembranças” de não terminar um embate no próprio dia do começo, aludindo ao desaire frente a Pedro Cachin nas meias-finais do Oeiras Open de 2021.
Após derrotas nas últimas semanas face a “jogadores bastante bons” [Juan Ignacio Londero, Gilles Simon, Renzo Olivo ou Christopher O’Connell], Gonçalo Oliveira confia na reviravolta na temporada e para garantir o apuramento para os primeiros quartos de final de 2022 terá de ultrapassar um dos favoritos ao triunfo no próximo domingo, o chileno Nicolas Jarry, terceiro pré-designado e antigo top 40, naquele que será o encontro inaugural entre ambos, apesar de conhecimento mútuo de vários treinos. “Que torneio é que estou a jogar? O Masters 1000 de Oeiras?” disse, entre sorrisos, após desvendado o próximo opositor.