OEIRAS – Gonçalo Oliveira, de momento no posto 351 do ranking mundial, interrompeu os cinco desaires consecutivos que antecederam o Oeiras Open 3 e bateu o brasileiro Thomaz Bellucci (1104.º, mas antigo 21.º) por 6-4, 5-7, 6-1, num duelo terminado com pouca luz natural.
Depois de problemas físicos no joelho que o têm limitado nos últimos meses, Gonçalo Oliveira chegou ao Estádio Nacional rejuvenescido e com vontade de inverter a mó negativa e a perda de lugares na hierarquia masculina. Pela frente encarou Bellucci, habituado a palcos maiores, mas que voltou aos courts passado oito meses, também com uma lesão no joelho. Vindo da fase de qualificação, o brasileiro prometia ser um osso duro de roer neste embate entre canhotos.
O português precisou de recuperar de uma desvantagem inicial no set inaugural – com o segundo e decisivo break a surgir no derradeiro jogo – e depois de nova recuperação no segundo parcial teve várias chances para resolver o duelo em dois sets. No entanto, não concretizou uma oportunidade para quebrar o serviço no oitavo jogo e um match point no décimo. Além disso, sofreu o break de seguida e ainda dispôs de dois pontos para levar o parcial a um tie-break, também eles desperdiçados.
Só que o resgate do segundo set pesou em Bellucci, que acusou algum desgaste da falta de competição e também a forte entrada na partida final do portuense, que em poucos minutos se colocou a vencer por 5-0. Com a interrupção do encontro a pairar quer devido à pouco luz natural presente – o duelo terminou já perto das 21 horas – quer devido à chuva, o tenista de 27 anos conseguiu perder pouco tempo e arrumar a questão ainda nesta terça-feira.
Apurado para a segunda ronda de um torneio Challenger apenas pela quarta vez na presente temporada, Gonçalo Oliveira vai procurar na quinta-feira o primeiro apuramento para os quartos de final frente a Nicolas Jarry, terceiro cabeça de série e um dos grandes favoritos ao título no Jamor. O chileno (129.º) abdicou do qualifying de Wimbledon e estreou-se com triunfo esclarecedor face ao espanhol Eduard Esteve Lobato (290.º) por duplo 6-4, fazendo uso do seu forte serviço (cedeu apenas numa ocasião) e impondo o seu ténis possante que o fizeram chegar ao 38.º lugar e a vencer o título ATP de Bastad em 2019.