Dois dias depois de ter conquistado Roland-Garros pela 14.ª vez na carreira, Rafael Nadal aterrou na terça-feira em Palma de Maiorca apoiado em duas muletas, na sequência do tratamento ao pé esquerdo que optou por fazer em Barcelona ainda antes de regressar a casa. O objetivo: estar pronto para competir em Wimbledon e, acima de tudo, encontrar uma solução que lhe permita competir sem recorrer às injeções que já afirmou não pretender repetir.
“Veremos dentro de alguns dias” foi o único feedback que o tenista espanhol de 36 anos deu a propósito do sucesso do tratamento através de radiofrequência que realizou após a quinzena dourada em Paris, onde competiu com a ajuda de injeções no nervo que lhe permitiram “adormecer o pé esquerdo”.
A lesão de Nadal dá pelo nome de osteonecrose do osso navicular, também conhecida como síndrome de Muller-Weiss, uma condição rara que afeta um osso do pé e que causa dores crónicas. Na origem do problema terá estado a lesão que contraiu no Estoril Open de 2004 e que o obrigou a falhar a edição desse ano de Roland-Garros. No ano seguinte competiu pela primeira vez em Paris e… o resto é história.