A Taça Davis reinventou-se em 2019, adaptou-se em 2021 e vai voltar a mudar em 2022, um processo que David Haggerty, presidente da Federação Internacional de Ténis (ITF), descreveu, em declarações ao Raquetc, como “aprendizagem” rumo à “melhor solução possível” depois de ter sido dado o primeiro passo do seu grande objetivo — financiar as federações.
Em Portugal a propósito do BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, o responsável máximo pela Federação Internacional de Ténis comentou a evolução da competição por equipas, que ao longo dos últimos anos dividiu opiniões: “O que tentámos fazer este ano foi pegar na aprendizagem do anterior e no feedback que recebemos dos jogadores e dos capitães. O formato é muito parecido, mas ao dividirmos entre uma fase de grupos em setembro e a fase a eliminar em novembro ficamos com mais espaço para respirar e as reações têm sido muito positivas. Estamos muito entusiasmados e acredito que esta edição, em cidades como Bolonha, Glasgow, Hamburgo e Valência na fase de grupos e Málaga para a última fase, vai ser um sucesso.”
Haggerty voltou a afirmar que “a razão pela qual implementámos alterações ao formato é muito simples: queremos ser capazes de financiar as federações para que possam promover e fazer crescer o ténis pelo mundo fora”. E acrescentou que “depois de o fazermos, acredito que será tempo de outra pessoa assumir o comando e trazer novas ideias.”
Mas antes, o norte-americano de 64 anos — no cargo desde setembro de 2015 — gostava de realizar um objetivo de longa data: “O sonho que tenho há vários anos é o de ter uma espécie de competição mista, em que temos os homens e as mulheres reunidos na mesma semana. Logisticamente há vários desafios, como o número de courts necessários, o facto de se realizar ao ar livre ou num recinto coberto e a época do ano, mas sabemos que quando os homens e as mulheres se juntam é sempre uma ocasião especial e seria fantástico.”