ESTORIL – Num balanço geral da sétima edição do Millennium Estoril Open, João Zilhão colocou o regresso do público como trunfo principal da semana e enalteceu o fim de dois anos de muito sofrimento. O diretor do evento português fez um levantamento muito positivo da semana vivida no Clube de Ténis do Estoril e já desvendou algumas metas para a próxima edição, ainda sem data definida.
“Foi um sofrimento enorme em 2020, ao termos de cancelar o evento a 30 dias de começar e já com tudo montado. Em 2021, fazer o evento foi uma prova de resiliência e de resistência, para manter uma coisa viva com todos os sponsors a quererem saltar. Este evento vive muito do convívio, das relações entre as pessoas. Mantivemos o evento vivo artificialmente, depois de ter perdido muito dinheiro no ano anterior”, começou por frisar João Zilhão na sala de conferências de imprensa.
Com a ‘cereja no topo do bolo’ assegurada com a conquista de Nuno Borges e Francisco Cabral na variante de pares, Zilhão exaltou a diferença que o público faz ao torneio: “O público recompensou-nos este ano, ao vir em massa animar as bancadas. Tivemos momentos extraordinários esta semana, estou muito contente com o regresso do público, para mim foi a maior vitória. Com o par a ganhar hoje, foi um dia muito emocionante, o balanço é muito positivo.”
Satisfeito com a vinda de Marcelo Rebelo de Sousa para assistir à celebração de Borges e Cabral, relata como tudo aconteceu: “Estava no gabinete a escrever o meu discurso, quando o meu telemóvel começa a tocar porque o Presidente tinha chegado ao recinto e ia comprar o bilhete. Parei o que estava a fazer, convidei-o para a tribuna presidencial, mas ele disse que queria ver o jogo dali. Foi ótimo ele ter aparecido para ver o par português a ganhar. Foi um dia muito feliz, depois de João Sousa ganhar os singulares.”
Certo é que a sétima edição do Millennium Estoril Open chegou ao fim, mas João Zilhão já revelou um dos nomes que espera ver no próximo ano: “Tivemos um cartaz muito bom, apesar de haver sempre jogadores cansados ou a desistir. Estive muito próximo de fechar o Alcaraz, falei com o agente dele, pediu-me um valor e eu bati esse valor. Pensei que estava tudo fechado, mas duas semanas veio-me dizer que afinal não podia jogar. Gostava de ter jogadores que fazem o público português feliz. O Alcaraz é um objetivo para o próximo ano.”