ESTORIL – Frances Tiafoe viveu uma montanha-russa de emoções e entre uma raqueta destruída e um caloroso abraço a uma juiz de linha, suplantou Alejandro Davidovich-Fokina numa memorável batalha de quase três horas. O norte-americano, que regressa às meias-finais do Millennium Estoril Open quatro anos depois de ter perdido a final para João Sousa, reconheceu que a suada vitória se deveu muito devido à força vinda das bancadas.
“Foi uma loucura, logo desde o início do encontro, mas sobretudo no final. Mesmo quando eu estava em baixo, eles continuaram a apoiar-me e agradeço muito por isso. Queria continuar a tentar dar uma vitória ao público, mas também me estava a divertir. O resultado foi o que foi, mas no fundo o ténis é que ficou a ganhar. Estou muito feliz por ter ganhado, porque quem comprou bilhete divertiu-se, e eu também me diverti”, salientou Tiafoe, que recuperou de 2-5 no derradeiro parcial.
Bem animado, o jogador de Maryland confessou que nem no seu próprio país sentiu tanto apoio do público: “Gostava de ter este apoio nos Estados Unidos, apesar de no US Open também ter sido muito bom. Não sei porquê, mas as pessoas adoram-me aqui. Não sei o que é que fiz por eles, mas não me queixo.”
Sempre com bom astral, Frances Tiafoe explica o que o leva a ser assim: “Divirto-me com o que faço e não levo nada demasiado a sério. Sempre fui assim, sei que posso jogar a um nível elevado mas depois também consigo ser uma pessoa normal. Não sou dos que se acham muito bons por fazerem o que fazem, vim de raízes humildes e sei o que custou chegar aqui. Quero aproveitar o melhor que possa e lembrar-me disso, é uma honra para mim.”