Thiem no Millennium Estoril Open com fisioterapeuta português: “É uma peça muito importante na minha equipa”

Millennium Estoril Open

ESTORIL — Chegado ao Clube de Ténis do Estoril como uma das – senão “a” – principais estrelas a acompanhar ao longo da semana, Dominic Thiem situa-se no início da caminhada de regresso à elite. O antigo número três mundial procura ganhar ritmo competitivo depois de ter estado afastado do circuito por oito meses e apontou como um dos principais responsáveis pelo regresso o português Carlos Costa – renomado fisioterapeuta que se juntou à sua equipa técnica.

“Não o conhecia bem antes de se juntar a nós, mas agora sinto-me muito contente por poder contar com ele. Chegou num momento muito crucial, logo a seguir à minha segunda operação ao pulso, e esteve sempre comigo a partir daí, ao longo do processo de recuperação. É uma peça muito importante na minha equipa e realizou um incrível trabalho ao fazer com que o meu pulso voltasse a ficar saudável. Espero que após tantas horas de trabalho conjunto possamos celebrar algo em breve”, declarou Dominic Thiem, convocado ao Media Day.

O austríaco de 28 anos, que conta com dois desaires – no Challenger de Marbella e em Belgrado – desde o regresso à competição, expressou a alegria de poder voltar a pisar os courts após o sofrimento enfrentado não só na segunda metade da temporada passada, mas também já este ano ao ter estado infetado com Coronavírus.

Confessa que as condições climatéricas em solo luso são mais propícias à sua evolução do que às que experienciou nas duas anteriores paragens: “É bom estar de volta depois de tanto tempo em que enfrentei alguns problemas, como a infeção por covid-19. Isso está para trás e por isso já pertence ao passado. Tenho-me sentido bem a treinar, cheguei na sexta-feira à noite e realizei boas sessões de treino ontem e hoje. Os courts estão bons e é ótimo poder jogar nestas excelentes condições. Em Marbella o tempo esteve horrível, em Belgrado apanhei muito frio e chuva e por isso sinto-me feliz por voltar a jogar com sol.”

Ainda que seja inequivocamente apontado como o grande nome de luxo da sétima edição do Millennium Estoril Open, Thiem não se considera como um dos favoritos a vencer o título: “Ainda não estou a 100%. Vão ser precisos muitos mais jogos para regressar ao mais alto nível e portanto não me sinto capaz de vencer este torneio. Cada encontro é neste momento muito importante para mim e vou dar o meu melhor.”

O ex-número três e campeão da edição de 2020 do US Open explica o que o motivou a estrear-se no evento português seis anos após a sua única anterior passagem pelo nosso país, quando atuou ao serviço austríaco na Taça Davis: “Foi uma combinação de vários fatores. Antes de ficar infetado não queria jogar esta semana, mas como fui obrigado a falhar Marraquexe e Monte Carlo, percebi que o melhor era jogar.”

E foi sem grandes dilemas que optou pelo sol do Estoril em detrimento das severas condições alemãs: “Na maior parte do tempo está frio em Munique e decidi vir por causa do calor, que me garante boas condições para treinar. A minha família já cá esteve de férias em Lisboa e disse-me que era uma cidade maravilhosa. Como só cá tinha vindo uma vez a este país, por isso foi fácil escolher este torneio.”

Para já, o principal foco de Dominic Thiem não reside em regressar aos títulos, mas sim jogar: “Preciso de mais jogos para estar a um nível decente novamente. O meu principal objetivo é Roland-Garros, porque mesmo não sendo um dos favoritos, talvez consiga vencer alguns jogos. Para alcançar feitos maiores, devo ter de esperar pela segunda parte da temporada.”

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