O russo Andrey Rublev, oitavo classificado no ranking mundial masculino, lamentou e criticou a decisão do torneio de Wimbledon, que esta semana confirmou os rumores de que iria banir tenistas da Rússia e da Bielorrússia da edição de 2022.
“As razões que eles nos deram não fazem sentido, não são lógicas. O que está a acontecer agora é totalmente discriminatório contra nós”, afirmou Rublev em conferência de imprensa no ATP 250 de Belgrado, na Sérvia.
Admitindo estar pouco à vontade para comentar o assunto de um ponto de vista político por ser “um desportista, não um político” e também pelas dificuldades em exprimir-se “de forma clara e com um bom vocabulário” na lingua inglesa, Rublev — que foi um dos primeiros tenistas a manifestar-se a favor da paz, ainda durante o ATP 500 do Dubai, em fevereiro — deixou uma sugestão.
O moscovita estaria disponível para “doar os prémios do torneio como ajuda”, uma medida que considerou que “teria impacto” na situação atual, ao contrário do impedimento aos tenistas russos e bielorrussos.
Apesar de ter corrido o mundo pela mensagem (“No War”) que escreveu na câmara durante o torneio do Dubai, Rublev não cumpre as exigências dos tenistas ucranianos. Num comunicado difundido em conjunto nas redes sociais na quarta-feira, estes jogadores voltaram a deixar claro que não consideram suficientes mensagens como a do russo, uma vez que “não são suficientemente claras para compreendermos se defendem a liberdade da Ucrânia, ou apenas uma rendição para que não haja guerra.”