Gastão Elias, Nuno Borges e mais um feito histórico para o ténis português

Fotografia Sara Falcão/FPT, montagem Raquetc

Primeiro Gastão Elias em dose dupla, depois Nuno Borges. Pela primeira vez na história, o ténis português celebrou a conquista de três títulos de singulares em torneios do ATP Challenger Tour em três semanas consecutivas, com o lourinhanense e o maiato a dividirem os créditos na elaboração deste feito inédito, co-produzido em vésperas do ponto mais alto do ano em Portugal — o Millennium Estoril Open.

Gastão Elias foi o primeiro a fazer história, ao completar uma quinzena dourada — e de superação — no Complexo de Ténis do Jamor, a que chegou afónico e com dificuldades em respirar e do qual saiu com dois títulos Challenger consecutivos.

Aos 31 anos, o tenista da Lourinhã deu que falar por várias razões: primeiro tornou-se no primeiro português a disputar 20 finais de singulares em torneios Challenger, depois no recordista nacional de títulos de singulares neste circuito e ainda teve forças para replicar a conquista e igualou o que só ele tinha conseguido até então — vencer dois torneios deste circuito em semanas consecutivas.

Ao mesmo tempo e no mesmo palco, Nuno Borges também foi fazendo história à sua maneira, mas nos pares. O maiato e o portuense Francisco Cabral conquistaram o Oeiras Open 1, que fez deles a dupla portuguesa com mais títulos no ATP Challenger Tour, e essa conquista, conjugada com a primeira de Gastão Elias, fez do torneio o primeiro de sempre a este nível a coroar campeões portugueses nas duas variantes. Uma semana depois, repetiram-na e demonstraram que já estão noutro patamar.

Se no Jamor a prestação em singulares ficou aquém quando comparada com os pares — apesar de só ter caído nas meias-finais do primeiro torneio, depois de uma vitória em 3h18 na véspera, e na segunda ronda do evento seguinte para o futuro campeão —, em Barletta o sucesso voltou a reencontrar-se com Nuno Borges.

Segundo cabeça de série de um torneio do ATP Challenger Tour pela primeira vez na carreira, o número dois nacional só parou com o troféu de campeão nas mãos. À sua maneira, também ele completou uma semana de superação, em que precisou de anular um match point no encontro dos quartos de final para poder despedir-se da localidade italiana com o segundo e mais importante título no circuito secundário.

E assim, com Gastão Elias a 3 e 10 de abril e Nuno Borges a 17 de abril, pela primeira vez na história o ténis português celebrou em três semanas consecutivas no ATP Challenger Tour. E a 100.ª final deste circuito com um representante nacional está cada vez mais próxima…

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