Com as devidas proporções, quer Novak Djokovic, quer Alejandro Davidovich Fokina já demonstraram aquilo de que são capazes, mas o melhor de cada um ficou longe do pitoresco court central do Monte-Carlo Country Club, onde o espanhol eliminou o sérvio numa primeira ronda do ATP Masters 1000 monegasco marcada por demasiados erros não forçados de parte a parte.
Sem competir há um mês e meio, Djokovic acusou a falta de ritmo e realizou uma das exibições mais fracas da carreira ao mais alto nível, enquanto Davidovich Fokina misturou mergulhos disparatados — um deles levou-o a pedir assistência e poderia ter comprometido a sua continuidade — com a sua dose de erros evitáveis, mas também trocas de bolas com a nota artística que o caracteriza.
O resultado foi uma batalha de 2h54 resolvida com os parciais de 6-3, 6-7(5) e 6-1 a favor do tenista espanhol de 22 anos, que cometeu 34 erros não forçados em contraste com os 51 (!) do sérvio e quebrou por nove — isso mesmo, nove — vezes o serviço do número um mundial.
A derrota desta terça-feira foi a segunda de Novak Djokovic em quatro encontros disputados em 2022, ano em que o sérvio tem falhado a maioria dos eventos devido à decisão de não ser vacinado contra a covid-19. Segue-se Belgrado, o “seu” torneio.
Quanto a Alejandro Davidovich Fokina, que tinha perdido os dois encontros anteriores frente ao líder do ranking (o primeiro no ATP Masters 1000 de Roma, o segundo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ambos na última época), fica a aguardar pela conclusão do encontro entre David Goffin e Daniel Evans para conhecer o próximo adversário.
