Gastão Elias exulta com “um dos maiores feitos” da carreira: “Não podia ter sido melhor”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Chegou ao Jamor adoentado e sem saber se podia competir. Duas semanas depois, sai com dois títulos no ATP Challenger Tour na bagagem e muita confiança para o que se segue. E numa carreira já recheada de êxitos, Gastão Elias não teme colocar a “dobradinha” no pedestal do melhor que já conseguiu produzir na modalidade.

“Estas duas semanas vão estar lá em cima como um dos maiores feitos da minha carreira. É ainda mais especial por ser em Portugal. Espero vir buscar mais alguns feitos, tenho uns anos pela frente”, exprimiu Gastão Elias no final de mais um título no que considera ser o “palco mais bonito do mundo”. O GPS do tenista de 31 anos já não traz rotas erradas: a meta são os torneios ATP, o “habitat” a que diz pertencer e do qual já fez parte.

O antigo 57 do ranking ATP vai aproximar-se dos 150 melhores da hierarquia mundial. “Talvez consiga jogar alguns qualies de torneios ATP. Sempre que conseguir vou tentar aproveitar ao máximo os torneios maiores”. E como o maior evento tenísitco em solo português está ao virar da esquina, Elias pisca o olho à organização do Millennium Estoril Open: “Estarei pronto se tiver oportunidade de jogar. Fico à espera de alguma notícia”.

Não era, de todo, expetável que o jogador que derrotou Alex Rybakov na primeira ronda do Oeiras Open 1, preso por arames e com dificuldades em respirar, e que chegou ao Jamor praticamente sem triunfos em 2022, pudesse regressar à galeria de campeões. O lourinhanense não pensa exatamente da mesma forma. “Sentia-me a jogar muito bem. A minha preocupação era a parte física porque andava um pouco doente. Era difícil imaginar que sairia daqui com dois títulos, nem com um sequer. Não sabia o que ia aguentar. Já estava à espera que o título surgisse mais cedo ou mais cedo, mas obviamente que estas duas semanas surpreenderam-me. Só que com tudo o que tenho vindo a fazer e com o ténis que tenho vindo a demonstrar nos treinos não é uma surpresa assim tão grande para mim“, apontou.

“Foram duas semanas excelentes. Estou muito feliz pelo nível que joguei, pela consistência que mostrei, por me ter aguentado fisicamente. Acabei em boas condições, sem lesões, que para mim é bastante importante. Não podia ter sido melhor. Saio daqui muito feliz, com muita confiança e é para continuar nas próximas semanas”. Semanas essas que começam já no Challenger de Madrid, para o qual viaja já hoje, sem tempo para celebrar.

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