Gastão Elias vai “pegar em tudo o que estiver ao alcance para os astros se alinharem”

OEIRAS — As pernas já acusam o cansaço, a linguagem corporal também não o esconde e o discurso muito menos, mas Gastão Elias não perde a confiança: com oito vitórias consecutivas no Oeiras Open, 13 se considerados os encontros da temporada anterior, o tenista português acredita que pode dar mais um passo rumo à conquista de outro título no Complexo de Ténis do Jamor, superando para isso o checo Zdenek Kolar.

“Sinto-me bastante bem, muito feliz. Em certos momentos achei que poderia acabar da pior maneira, estava bastante cansado do encontro de ontem e já do de hoje, que começava a ficar longo, mas o positivo é que me mantive mentalmente estável, tentei arranjar soluções e apesar de não ter feito o meu melhor jogo saio daqui com uma vitória, que é o mais importante”, afirmou o jogador da Lourinhã após superar o húngaro Zsombor Piros (227.º) pelos parciais de 6-4, 5-7 e 6-3.

“Obviamente estou bastante fatigado, mas tenho aguentado bem e fiquei feliz por ter visto o meu adversário com algumas dificuldades físicas. Acabar provavelmente melhor do que ele, que ontem não teve um encontro tão duro quanto eu, dá-me bastante motivação e faz-me sentir que estou a ficar bem preparado para o que aí vem”, acrescentou Gastão Elias, que manifestou alguma surpresa pelo ténis ofensivo que Piros apresentou.

Sobre o reencontro com Zdenek Kolar, que o derrotou na final do Oeiras Open 1 há um ano, o número três nacional e 173.º ATP (continuará a subir na próxima atualização do ranking) deu garantias de esperar “um encontro complicado, duro e muito físico.”

“Ele também tem a parte física como ponto forte e nunca desiste de nenhum ponto. Luta sempre até ao fim, portanto vai ser mais um bom teste. Espero e sei que desta vez também vou contar com a ajuda do público, depois de infelizmente não ter tido essa oportunidade no ano passado, e espero que os astros se alinhem para que amanhã consiga aguentar mais um dia e mais uma epopeia dentro do campo”, acrescentou Elias.

“O problema daqui para a frente vai ser o mental, ir buscar forças quando o físico já não está a 100% e lutar, arrnanjar outras armas para ganhar os encontros. Acho que o facto de jogar em casa e usar o público a favor me vai dar aquela força extra. Apesar de um pouco cansado, continuo a sentir-me bem e quero juntar todos os fatores a meu favor para amanhã”, garantiu o pupilo de Guilherme Balboa, que dedicará as últimas horas do dia a analisar a final de há um ano — com a consciência de que “as condições são muito diferentes, incluindo as próprias bolas” — para tentar superar um adversário “que também está a jogar bem e que ao chegar a uma meia-final também vem com confiança.”

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