OEIRAS — Gastão Elias (198.º) regressou aos títulos com uma vitória por 6-3 e 6-4 sobre o croata Nino Serdarusic (207.º) na final do Oeiras Open 1, este domingo, e tornou-se no recordista português no que diz respeito a troféus de campeão no circuito Challenger. Em conferência de imprensa não escondeu a importância do regresso às conquistas.
“Estou muito feliz. Acabei a série de torneios do ano passado com um título e começo esta com uma vitória. Ficaria feliz por vencer em qualquer lugar, mas aqui é mais especial. Para além disso, joguei um grande ténis, a um nível muito bom, e fui consistente. É o que mais retiro desta semana e espero levá-lo para as próximas”, começou por afirmar o tenista português de 31 anos.
Sobre a final, resolvida de forma autoritária frente a Serdarusic, Elias destacou o seu nível de jogo: “Senti-me bem logo desde o início, o jogo dele não me incomodou muito e por isso estive sempre mais ou menos tranquilo. Houve uma altura em que o vento apareceu e dificultou as coisas taticamente, o que me preocupou um pouco pois podia ser aquilo de que ele precisava para entrar em jogo. Mas estive muito sereno e concentrado. Depois senti que ele estava um pouco baralhado, numa teia e que tinha dificuldades em sair do plano de jogo e da estratégia que eu estava a executar. Isso é que o desmoralizou.”
O nono título da carreira em 20 finais (duas marcas sem igual no ténis português) acabou por surgir numa semana que começou com dúvidas motivadas pelas dificuldades em respirar que Gastão Elias apresentou e que fizeram o próprio duvidar de que um desfecho como este fosse possível já no Oeiras Open 1.
“Achava muito complicado vencer o torneio e os dois primeiros encontros foram muito complicados. Depois de ganhar ao Vavassori por 7-6 no terceiro estava realmente preocupado porque não sabia como é que o meu corpo ia aguentar, mas felizmente os dois encontros seguintes foram muito tranquilos e isso deu-me muita vida para a final. Tinha a expetativa de ir melhorando e felizmente foi isso que aconteceu. Estou muito feliz por ter ultrapassado este obstáculo”, comentou.
Sobre o recorde de títulos que estabeleceu, distanciando-se de Rui Machado e Pedro Sousa (ambos com oito), Gastão Elias disse ser “uma marca interessante”.
“Ser o português com mais títulos em Challengers quer dizer alguma coisa e sinto-me honrado por poder ter esse recorde nas minhas mãos. É mais um feito para a minha carreira e há que aumentar ainda mais esse número”, finalizou o ex-top 60 mundial, que com esta conquista alcançará a melhor classificação dos últimos três anos e meio, o 173.º lugar.