CASCAIS — Uma balança entre a valorização do ténis nacional e um “grande nome” que seja impossível de rejeitar. O jogo de cintura não é novo, nem tão simples quanto parece, mas foi novamente colocado em cima da mesa e explicado por João Zilhão, o diretor do Millennium Estoril Open, no dia em que a sétima edição do maior torneio de ténis organizado em Portugal foi oficialmente apresentada no Hotel Cascais Miragem.
Depois de divulgar a lista de inscritos que conta com quatro jogadores do top 20 mundial, o diretor da prova reuniu-se com a imprensa e explicou que a organização não atribuirá, nos próximos dias, nenhum convite para além do que esta terça-feira foi entregue ao português João Sousa: “Vai ser uma dificuldade enorme decidir a quem é que damos os dois wild cards que restam, porque a qualidade dos jogadores que já pediram um convite até aos dias de hoje é enorme e a estes ainda se podem juntar aqueles a que não corram bem os torneios de Monte Carlo, Barcelona ou Belgrado e que queiram jogar o Millennium Estoril Open.”
“Vai ser sempre uma decisão de última hora para podermos tomar as melhores decisões para valorizarmos o torneio, mas também para, se possível, ajudarmos o ténis nacional. Um wild card serve para isso, ou para um nome que valorize tanto o torneio, ao ser muito bom para a televisão e para os fãs, que não possamos dizer que não”, acrescentou João Zilhão.
Nas declarações aos jornalistas, o diretor do Millennium Estoril Open acrescentou ainda já ter recebido contactos de um ex-campeão, Richard Gasquet, e de dois jogadores que já estiveram no top 10 mundial, o espanhol Fernando Verdasco e o belga David Goffin. “E para além destes há outros grandes nomes, que não vou revelar agora, mas que como podem imaginar são grandes atletas que não estão no seu melhor ranking e ainda estão a ver como é que regressam ao ténis e se depois faz sentido virem ao torneio.”