“Estive com um pé e meio fora do ténis, mas quero acabar de outra forma”, explica um feliz e relaxado Pedro Sousa

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — A frase é do próprio e reflete o que quem o viu observou. Apesar de ter alcançado um dos seus maiores objetivos em 2021, ao qualificar-se para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Pedro Sousa esteve próximo de colocar um ponto final na carreira, mas decidiu que queria procurar outro final e esta terça-feira deu início ao derradeiro regresso com uma vitória no Oeiras Open 1.

“São conversas para outra altura, mas o ano passado foi duro. Meti-me num buraco do qual estava a ser difícil sair e as pessoas próximas de mim sabem o que passei. Estive com um pé e meio de fora do ténis, mas decidi que não queria acabar assim e aqui estou eu, com vontade”, afirmou depois de regressar à competição pela primeira vez em sete meses com uma vitória por 6-3 e 6-4 sobre o qualifier alemão Lucas Gerch (395.º).

“Há 80% de chances de já ter feito o que tinha a fazer na minha carreira e sei que em termos de ranking vai ser difícil, mas quero pelo menos tentar voltar ao nível em que estava há um ou dois anos e voltar a jogar bem para tentar ganhar Challengers e fazer bons resultados nalguns torneios ATP”, acrescentou o Pedro Sousa, que está a dois meses de celebrar o 34.º aniversário.

Novamente com um sorriso no rosto, o tenista lisboeta reforçou que quer “desfrutar do que me resta” sem apontar a objetivos muito concretos. “Acho que já pus demasiada pressão em mim e correu mal no ano passado. Já ganhei oito Challengers, fiz final de um torneio ATP, fui aos Jogos Olímpicos e fui top 100. Se calhar para alguns não é suficiente, mas a mim deixa-me bastante contente e orgulhoso pela carreira que já tive.”

Sobre o encontro desta terça-feira, o primeiro desde o qualifying do US Open, em setembro de 2021, Pedro Sousa afirmou que “o mais importante hoje era ganhar”.

“Sabia que ia ser feio, difícil e pouco confortável, mas o importante era ir aguentando e tentar esticar o encontro o máximo possível. Estive praticamente sempre na frente e sabia que nas alturas importantes ia ser difícil porque já não jogava há muitos meses. Não me senti a bater muito bem na bola, mas aceitei isso e acabei por conseguir o mais importante. Agora espero ganhar o próximo e depois semana após semana vai ser melhor”, concluiu.

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