Stakhovsky já está na Ucrânia para defender o país: “Não conseguia ficar a ver o sofrimento e não fazer nada”

Três dias depois de ter anunciado que iria juntar-se ao exército da Ucrânia para defender o país da guerra levada a cabo pela Rússia, Sergiy Stakhovsky já está em Kiev e falou com a BBC sobre as primeiras horas como parte da resistência, destacando o impacto que a decisão teve junto da mulher e os filhos.

“Sei que é um momento muito difícil para a minha mulher, mas não sei quando é que ela me vai perdoar. Não fala comigo há um dia e para mim é difícil explicar-lhe porque é que vim para aqui. Também é difícil explicar-me a mim próprio, mas não poderia ter agido de outra forma. Não estava a suportar ver todas estas pessoas numa situação desastrosa, a enviarem as suas mulheres e crianças para longe, e ficar simplesmente a observar”, explicou o ex-tenista profissional (retirou-se após o Australian Open).

“Os meus filhos provavelmente pensam que estou noutro torneio. Não sei o que é que a minha mulher lhes disse, eu disse que voltaria em breve”, acrescentou Stakhovsky, que aos 36 anos deu por concluída uma carreira de sucesso que o levou a número 31 mundial, resultou em quatro títulos ATP (aproveitamento de 100% em finais) e teve como momento mais dourado a vitória sobre Roger Federer na segunda ronda de Wimbledon 2013.

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