O árbitro e supervisor Soeren Friemel está a cumprir uma suspensão de 12 meses desde o verão de 2021 por conduta imprópria e abuso de poder, informou esta quinta-feira o jornal The Telegraph.
De acordo com a publicação britânica, a ausência de Friemel — que é um dos árbitros de elite do ténis mundial e tem o “Gold Badge” de supervisor — fora justificada largamente por razões pessoais, mas o alemão ter-se-á voluntariado para cumprir uma suspensão a partir do dia 19 de junho no seguimento de acusações feitas por um colega de profissão.
A suspensão de 12 meses foi decidida em dezembro de 2021, com efeito retroativo, e resultou de “comentários e convites inapropriados a um indivíduo masculino”, de acordo com um porta-voz da Federação Internacional de Ténis (ITF) citado pelo The Telegraph.
De acordo com a mesma publicação, em causa terão estado quatro situações que aconteceram entre 2011 e 2015, todas envolvendo o mesmo árbitro, mais novo, e que quebraram três alíneas do código de conduta — duas relacionadas com o Artigo 13, que diz que “os funcionários não devem estar envolvidos em tratamentos injustos, não profissionais, criminosos ou de falta de ética”, e uma com o Artigo 14, que afirma que “os funcionários não devem abusar da sua posição de autoridade ou controlo e não devem comprometer o bem-estar psicológico, físico ou emocional de outros árbitros, jogadores ou pessoal do torneio.”
Soeren Friemel foi apontado como juiz-árbitro do US Open em 2019 e ficou mundialmente conhecido por ter sido o responsável pela decisão que resultou na desqualificação de Novak Djokovic na edição de 2020 do torneio.
Em agosto de 2021, já suspenso, o alemão marcou presença em Flushing Meadows para a semana de qualifying do torneio, mas terá abandonado as instalações na véspera do arranque dos quadros principais, uma decisão que na altura o Washington Post escreveu dever-se a razões pessoais.
O painel que decidiu a suspensão de Friemel considerou que a sua presença no US Open de 2021 não deveria afetar a data de regresso à arbitragem, pelo que estará autorizado a fazê-lo a partir da meia-noite do dia 18 de junho. É, no entanto, pouco provável que volte a ser chamado a trabalhar em Wimbledon como supervisor, salientou o The Telegraph.
