Rafael Nadal colocou-se a um passo da história ao derrotar Matteo Berretti (6-3, 6-2, 3-6 e 6-3) para alcançar a final do Australian Open e não escondeu as emoções no momento de analisar o apuramento para a 29.ª final da carreira em torneios do Grand Slam.
“Sou mais um jogador de outdoor do que indoor e sabia que o teto hoje ia estar fechado, mas sabes que mais? Há um mês e meio não sabia se ia ser capaz de jogar ténis, por isso não me importa se o jogo acontece em indoor ou não, só quero aproveitar e dar o meu melhor”, respondeu o tenista maiorquino quando questionado pelo ex-número um mundial Jim Courier — que se tornou num dos melhores entrevistadores do desporto — sobre as condições de jogo.
Já no programa de análise do Eurosport, Nadal acrescentou que “para as pessoas que vêem de fora é difícil explicar, mas aqueles que me são próximos e que viram o meu estado diário nos últimos seis meses… É difícil de compreender que consiga estar aqui a jogar ténis e a este nível. Sinto-me sortudo, sinto-me vivo outra vez.”
No domingo, frente a Daniil Medvedev ou Stefanos Tsitsipas, o maiorquino de 35 anos pode fazer história ao ultrapassar os arquirrivais Roger Federer e Novak Djokovic e tornar-se no primeiro homem da história a alcançar os 21 títulos em Grand Slams. Mas a pressão não o afeta: “Para mim neste momento o Australian Open é o que interessa, mais do que tudo o resto. Como disse há uns dias, tive um pouco de azar ao longo da minha carreira com algumas lesões em certas situações aqui, noutras joguei muito bem e perdi na final. Fiquei perto [de vencer outra vez] algumas vezes, mas sobretudo sinto-me sortudo por ter ganho em 2009. Nunca pensei que estaria aqui em 2022 a jogar mais uma final, por isso vou desfrutar.”