Rafael Nadal não viveu momentos fáceis no embate dos quartos de final e acredita que foi um autêntico “milagre” ter sido capaz de permanecer em ação – e vencer – ao fim de cinco longos parciais concluídos em mais de quatro horas. O maiorquino, que esteve a liderar com dois sets diante de Denis Shapovalov, não só enfrentou a partir daí a boa réplica do canadiano, mas também problemas físicos resultantes de um golpe de calor.
“Só tentei sobreviver, foi um milagre. Estava destruído fisicamente e senti alguns problemas no estômago. Procurei ganhar nos meus serviços e esperar um milagre no resto. Cada serviço que ganhava era uma vitória”, confessou fatigado nas declarações prestadas em court.
Terão sido as condições de jogo que colocaram o maiorquino em aflição: “Tive um golpe de calor, sentia-me enjoado e não conseguia respirar bem. Estava a jogar bem até então, a um nível muito alto. Os níveis de energia foram baixando e depois foi tudo mais complicado. Senti-me bastante mal e preocupado, mas depois de ser visto senti-me mais tranquilo para continuar. Foi um exercício de resistência física, mental e de sobrevivência.”
Reduzido a nível físico, Rafael Nadal revelou que foi preciso improvisar para ter conseguido permanecer na luta: “Parecia impossível, porque sempre que me movia sentia o estômago a fechar-se. Todos os que praticamos desporto em condições extremas sabemos que quando nos dá um golpe de calor, é difícil continuar. Como o encontro era longo e já vencia por dois sets, tentei aguentar apenas com o meu serviço e ver o que acontecia depois. Joguei da forma mais inteligente que pude.”
Relativamente à preferência de horário para o seu próximo teste, frente ao vencedor do embate entre Gael Monfils e Matteo Berrettini, Nadal aposta na sessão diurna: “Acho que vou jogar de dia. Há um horário definido e os que jogam hoje vão jogar durante o dia na sexta-feira. Para o meu estilo de jogo, sempre achei melhor jogar de dia, mas se estou bem, tanto jogo bem de dia como de noite.”
