O possível encontro entre Ashleigh Barty e Naomi Osaka na quarta ronda do Australian Open reuniu grande parte do entusiasmado causado pelo sorteio, mas a norte-americana Amanda Anisimova tinha outros planos e esta sexta-feira surpreendeu a campeã em título para marcar encontro com a favorita do público.
Depois de um ano de 2021 para esquecer, Anisimova entrou em 2022 de confiança renovada, juntou à equipa o treinador Daren Cahil (que levou Lleyton Hewitt, Andre Agassi e Simona Halep ao topo dos rankings ATP e WTA, respetivamente) e apostou no regresso aos grandes resultados.
O que talvez a jovem norte-americana de 20 anos (ex-número 21 mundial e semifinalista de Roland-Garros) não esperasse era que o sucesso aparecesse de forma tão repentina. Primeiro com a conquista do segundo título da carreira — e primeiro em quase três anos — em Melbourne, depois com uma campanha que já igualou o melhor resultado da carreira no Australian Open, obtido no mesmo ano de 2019 em que chegou ao estrelado.
Esta sexta-feira, em plena sessão noturna na Margaret Court Arena, Anisimova bateu-se de igual para igual com Osaka, campeã de 2019 e 2021, e eliminou a japonesa com os parciais de 4-6, 6-3 e 7-6(5) depois de anular dois match points na terceira partida, quando serviu a 4-5.
Ao longo das 2h15 de encontro, Anisimova “disparou” impressionantes 46 winners (mais do dobro dos 21 que Osaka apontou), número muito semelhante aos erros não forçados cometidos pela japonesa (45, mais um do que a norte-americana).
Já com oito vitórias em 2022, a apenas três das que registou em 2020 e dez das que celebrou em 2021, Amanda Anisimova vai defrontar nos oitavos de final aquela que, a partir deste momento, passa a ser indiscutivelmente a principal candidata ao título: Ashleigh Barty, que voltou a não perder tempo e somou a terceira vitória consecutiva em cerca de 60 minutos ao afastar Camila Giorgi por 6-2 e 6-3.
