Novak Djokovic perdeu a audiência de apelo no Tribunal Federal da Austrália contra o cancelamento do visto e vai ser deportado nas próximas horas, uma medida que o impede de participar no Australian Open. O sérvio aceitou a decisão e não vai dar entrada a nenhum recurso.
Os juizes David O’Callaghan, James Allsop e Anthony Besanko decidiram “de forma unânime” que o ministro da Imigração australiano, Alex Hawke, agiu no seu direito ao cancelar o visto do tenista sérvio, não vacinado contra a covid-19, por considerar que podia representar um risco para a saúde e ordem pública.
No momento de anunciar a decisão, o juiz O’Callaghan esclareceu que não foi um reflexo da validade da decisão original do governo de cancelar o visto a Djokovic, no dia 5 de janeiro, mas sim tendo em conta as razões da decisão tomada por Hawke na sexta-feira, 14 de janeiro.
Durante a audiência não ficou claro o momento exato em que Djokovic deixará a Austrália, mas sabe-se que o sérvio pode ficar proibido de entrar no país nos próximos três anos. Embora esteja prevista no caso de uma deportação, esta medida pode ser anulada pelo governo.
Como foi anunciada já depois da primeira ordem de jogos ter sido publicada, a desistência de Djokovic do Australian Open apenas dará origem a uma movimentação no quadro: o campeão em título será substituído na primeira linha por um lucky loser, o italiano Salvatore Caruso (150.º ATP).
Se a decisão tivesse sido comunicada antes da divulgação da programação, seria feita uma reordenação dos cabeças de série (Alexander Bublik passaria a ser o 33.º pré-designado e iria para o lugar de Gael Monfils, 17.º, que ficaria na posição original de Andrey Rublev, 5.º, com o russo a ocupar o lugar de Djokovic, 1.º).
